Nascida em 2003 no município de Arujá (SP), é técnica em Administração, graduanda em Jornalismo pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e estagiária na assessoria de imprensa da prefeitura de Tangará da Serra (MT). Ama o Jornalismo e a pesquisa acadêmica.
O Parque Nacional do Superagui completou 35 anos em abril. A unidade de conservação de proteção integral de 34 mil hectares de Mata Atlântica, localizada no litoral norte do Paraná, abriga populações de espécies ameaçadas, como do mico-leão-da-cara-preta (Leonthopitecus caissara), do papagaio-da-cara-roxa (Amazona brasiliensis) e do boto-cinza (Sotalia guianensis). Apesar da exuberante natureza conservada, a visitação pública ainda é pequena.
Superagui faz parte da maior e mais conservada porção de Mata Atlântica. O parque integra um contínuo de floresta formado por 50 unidades de conservação, sendo 33 no Paraná e 27 em São Paulo. Ele também está localizado dentro do território da Grande Reserva Mata Atlântica, uma área que reúne três milhões de hectares de vegetação nativa, que também inclui áreas de Santa Catarina.
Em audiência pública para comemorar o aniversário do parque, realizada em 10 de maio na Assembleia Legislativa do Paraná, o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, lembrou da importância da unidade na conservação da Mata Atlântica – motivo pelo qual ela foi criada – e destacou seu potencial ecoturístico. De acordo com dados do órgão federal, Superagui recebeu 34.805 visitas em 2023, um aumento de 26.189 visitas em relação a 2022.
Apesar desse aumento, a quantidade de visitantes do Parque Nacional do Superagui está longe das unidades geridas pelo ICMBio mais procuradas pelos turistas. Em 2023, o Parque Nacional da Tijuca (RJ) recebeu 4.464.257 visitas e o Parque Nacional do Iguaçu, também no Paraná, registrou 1.800.225 visitas – esses são os mais procurados do país.
Entre os atrativos naturais e culturais do Parque Nacional do Superagui, destaca-se a barra do Superagui, com praias e a trilha de acesso à praia Deserta, onde é possível ver grupos do mico-leão-da-cara-preta durante o percurso. Na ilha do Pinheiro, ocorre a observação de revoadas de papagaios-de-cara-roxa. Já na baía dos Golfinhos, os botos-cinza e a raia-jamanta (Manta birostris) são as atrações. Na unidade de conservação também chamam a atenção as inúmeras cachoeiras, os manguezais e os passeios culturais a comunidades tradicionais caiçaras, como Bertioga e Barbados.
De acordo com Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio em Antonina-Guaraqueçaba, o Parque Nacional do Superagui não possui problemas fundiários, já que a maior parte do território é composta por ilhas costeiras. Nas áreas ocupadas por comunidades tradicionais caiçaras, atualmente está em andamento o projeto TECA – Territórios Caiçaras, desenvolvido pelo Laboratório de Geoprocessamento e Estudos Ambientais da Universidade Federal do Paraná, que visa mapear as áreas de moradia e cadastrar seus moradores. O objetivo é garantir a conciliação de direitos dos caiçaras e a permanência das comunidades dentro dos limites ou no entorno imediato do parque.
Quanto à fauna, há poucas as denúncias de caça. Segundo o Núcleo de Antonina-Guaraqueçaba, eventualmente pode envolver a captura de espécimes para tráfico de animais, como no caso do papagaio-de-cara-roxa. Quando registradas, as denúncias são averiguadas pelas equipes de fiscalização do ICMBio, em parceria com o Batalhão de Polícia Ambiental.
Nascida em 2003 no município de Arujá (SP), é técnica em Administração, graduanda em Jornalismo pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e estagiária na assessoria de imprensa da prefeitura de Tangará da Serra (MT). Ama o Jornalismo e a pesquisa acadêmica.
