Vinte mil pinguins estão ameaçados por derrame de petróleo no arquipélago de Tristão da Cunha

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
24 de março de 2011

Não bastasse o perigo de extinção que correm os pinguins-de-penacho-amarelo (rockhopper), um acidente envolvendo um navio que transportava petróleo ameaça a maior colônia desses animais no mundo, no arquipélago de Tristão da Cunha. A notícia está em vários sites e no jornal O Estado de S. Paulo de hoje (página A24), todas reproduzindo material da agência France Presse.

Quem assistiu ao desenho “Tá Dando Onda”, de 2007, vai se lembrar do protagonista da animação, o pinguim surfista Cadu Maverick. Pois ele é um pinguim-de-penacho-amarelo.

Em 16 de março, o cargueiro MS Oliva encalhou na costa da ilha Nightingale, que faz parte do arquipélago britânico de Tristão da Cunha, no Atlântico Sul. A embarcação, que segui do Brasil para Cingapura, acabou se dividindo em duas partes e o petróleo que transportava vazou.

De acordo com o administrador da ilha, os pingüins cobertos de óleo estão sendo recolhidos e levados para um galpão, onde são limpos com um líquido apropriado. A situação está ficando mais crítica pelo fato do produto estar acabando, o que obrigará que um novo lote seja enviado por navio da Cidade do Cabo, na África do Sul. “Detalhe”: a viagem de 2.800 quilômetros pelo mar dura vários dias.

Não pense que os problemas acabaram:

“Infelizmente, as aves não podem ser alimentadas até que o navio da África do Sul chegue com o abastecimento de peixe congelado, junto com uma equipe de limpeza especializada e outros suprimentos”, afirmou outro especialista citado na matéria da France Presse.

Além dos pinguins, a população de lagostas também está ameaçada. A pesca do crustáceo é a principal atividade econômica da ilha. Com certeza, todo ecossistema marinho da região será afetado.

Leia a matéria da France Presse
Saiba mais sobre os pinguins-de-penacho-amarelo

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Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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