Unidades de Conservação são essênciais para proteção da fauna ameaçada de extinção

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
12 de abril de 2011
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente responsável pela gestão das Unidades de Conservação federais, lançou ontem, 11 de abril, o “Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção de Unidades de Conservação Federais”. A publicação destaca que metade das 627 espécies de animais ameaçados estão em áreas especialmente protegidas.

Capa do Atlas, lançado pelo ICMBio
Além da grande importância do levantamento, que permite saber exatamente onde estão esses animais e preparar trabalhos de proteção aos mesmos, deve-se salientar o quanto é essencial investir em unidades de conservação (UCs). Não restrinjo o termo “investir” em apenas “destinar verbas” para essas áreas, mas creio que a criação de mais UCs é necessária. Afinal, onde está a outra metade das espécies ameaçadas?

Para responde essa pergunta, deve ser levada em consideração que uma parte está em Unidades de Conservação e ainda não foi catalogada – o que remete a necessidade de mais pesquisas – e outro tanto vive fora das UCs – o que remete à necessidade da criação de mais unidades.

Atualmente, o Brasil possui 310 unidades federais e outras centenas estaduais e municipais.

E o ICMBio tem consciência desse contexto:

“Apesar da proteção de espécies emblemáticas, ainda não se sabe se a outra metade da lista de animais ameaçados este em territórios protegidos. A maioria dos animais com risco de extinção registrados nas UCs são aves e mamíferos, mais fáceis de identificar, segundo o coordenador geral de espécies ameaçadas do ICMBio, Ugo Vercillo. “Peixes e invertebrados são mais difíceis de serem encontrados e identificados.” (texto da matéria da Agência Brasil sobre o lançamento da publicação)

Sobre a gestão e criação de Unidades de Conservação, o presidente do ICMBio, Rômulo de Melo, afirma:

“O atlas fez o cruzamento para saber que unidades de conservação protegem que espécies ameaçadas. Vai ser um instrumento importante para orientar a definição de áreas prioritárias para ampliação e criação de novas unidades de conservação.” (declaração retirada da matéria da Agência Brasil)

Alguns números
Os dados do Atlas são formados por 43,9% de mamíferos, 34,9% de aves, 6% de peixes, 5,1% de répteis, 5% de invertebrados aquáticos, 4% de invertebrados terrestres e 1,1% de anfíbios.

A Mata Atlântica tem 168 das 380 espécies ameaçadas de extinção em UCs federais. Nas unidades da Amazônia estão 32 das 57 espécies . Já no bioma Pampas apenas 1 das 60 espécies ameaçadas está em UC federal. As UCs federais na Caatinga abrigam 41 das 43 espécies em perigo.

O Atlas pode ser baixado (download gratuito) pelo site do ICMBio.

– Leia a matéria da Agência Brasil.

– Leia a matéria de O Estado de S. Paulo.

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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