Unidades de conservação: indispensáveis para a fauna silvestre

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
22 de fevereiro de 2012
Em 21 de fevereiro de 2012, publiquei “Áreas marinhas protegidas: a evolução do que foi pouco implantado”, em que escrevi:

“…o Protocolo de Nagoya da 10ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, realizada em 2010 no Japão, apresenta como diretriz para os 190 países signatários o aumento das áreas terrestres protegidas (unidades de conservação) dos 12% atuais para 17%. O mesmo cuidado deve ser aplicado nos ecossistemas marinhos: as áreas protegidas deverão passar de 1% para 10%. Tudo no período de 2011 a 2020.”

Um bom exemplo da importância das unidades de conservação de proteção integral (sem o uso direto dos recursos naturais, como os parques nacionais, estações ecológicas e reservas biológicas no Brasil) está na ampliação do Parque Nacional Nouabalé-Ndoki, no Congo.

Chimpanzé do Triângulo Goualougo: sem medo do homem
Foto: Lationstock

“Um grupo especial de chimpanzés que não têm medo de humanos — e que por isso mesmo correm perigo — ganhou proteção oficial no Congo, Centro-Oeste da África, após mais de 20 anos de campanha de organizações internacionais de preservação. Eles vivem no Triângulo Goualougo, uma área de florestas tropicais e pântanos com 185 quilômetros quadrados que foi anexada ao Parque Nacional Nouabalé-Ndoki, que agora têm pouco mais de 3.000 quilômetros quadrados de área protegida.” – texto da matéria “Parque do Congo protegerá chimpanzés ‘ingênuos’”, publicada na edição de 17 de fevereiro de 2012 da revista Veja

Segundo a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS na sigla em inglês), a floresta de Goualougo por estar em área de difícil acesso e isolada foi pouco explorada, característica que passou a chamar a atenção pela escassez de madeira e recursos naturais das áreas do entorno.

“A população de chimpanzés de Goualougo tem uma característica única para primatas selvagens africanos. Ao invés de fugir dos pesquisadores que vão estudá-los, eles se aproximam, curiosos. Isso ocorre devido ao isolamento no qual sempre viveram. Por causa de seu comportamento, são chamados pelos cientistas de chimpanzés ingênuos.

E essa não é a única característica exclusiva dessa população. Chimpanzés em toda a África usam simples gravetos para caçar insetos em suas tocas. Em Goualougo, os chimpanzés deram um passo a frente no manejo de ferramentas. Eles usam um graveto menor para abrir buracos nos ninhos de insetos — como as estruturas de barro que protegem os cupins  —  e uma vareta maior para buscar o alimento no fundo das tocas.” – texto da matéria da Veja

A criação e a implantação efetiva de unidades de conservação são essenciais para a conservação da fauna, da flora, de rios limpos, de ar puro, de equilíbrio térmico e tanto outros serviços que são fundamentais para a vida humana. Mais que isso, são eticamente necessárias para proteger o direito à vida das demais espécies que tem na Terra seu lar.

– Leia a matéria completa da revista Veja
– Releia “Áreas marinhas protegidas: a evolução do que foi pouco implantado”

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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