Unidades de conservação: cofres de vida animal sob constante ataque

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
27 de setembro de 2013
As unidades de conservação de proteção integral (UCs) são cofres da biodiversidade. Animais silvestres e plantas devem, em tese, estar protegidos da ação predatória humana. Parques, reservas biológicas e estações ecológicas são como cofres que guardam preciosidades dos ladrões.

E quando a vigilância dessas preciosidades falha…

“Mais de 40 pássaros silvestres foram apreendidos, nesta quinta-feira (26), em um povoado de Loreto, a 715 quilômetros da capital. A apreensão aconteceu após uma denúncia anônima, que levou à prisão de Jurandir Gomes da Silva, de 46 anos, suspeito de ser traficante de animais silvestres.

Filhote de papagaio apreendido no Maranhão
Imagem: Reprodução TV Mirante

A prisão e apreensão aconteceram em um povoado localizado no limite com o Parque Estadual do Mirador. Os animais foram encontrados em situação de maus tratos. Dentre eles, um papagaio e um Chico Preto não resistiram à viagem. Os que sobreviveram foram levados para o parque, onde vão passar por um processo de readaptação à natureza. Além dos animais, foram apreendidas espingardas e armadilhas usadas para capturar as espécies.” – texto da matéria “Mais de 40 pássaros silvestres são aprendidos em Loreto, MA”, publicada em 26 de setembro de 2013 pelo portal G1

O que aconteceu no Parque Estadual do Mirador ocorre em inúmeras outras unidades de conservação. E o problema não está restrito aos Estados menos ricos do país. Em território paulista, a captura ilegal de animais em UCs também acontece. O mesmo em áreas protegidas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

E a proteção das UCs não pode ser feita apenas com agentes de fiscalização ou policiais ambientais. Tem de envolver as comunidades que vivem na região. Elas são os melhores fiscais e aliados que uma unidade de conservação pode ter.

E para que isso ocorra, é necessário investimento em educação ambiental e em projetos que aproximem os moradores da UC, inclusive com geração de renda (como no receptivo de turistas, por exemplo). Quando esse envolvimento não acontece, pode ocorrer o efeito contrário:

“Segundo o coordenador de fiscalização do parque (Parque Estadual do Mirador), Laércio Araújo, muitos traficantes de animais vêm de outros estados e acabam recebendo ajuda de moradores do local. “Os traficantes vêm de Pernambuco e do Ceará, e com auxílio de alguns moradores da região capturam desses animais”, explicou o coordenador.” – texto do portal G1

Pena que as unidades de conservação brasileiras ainda não são levadas a serio pela maioria dos gestores públicos.

– Leia a matéria completa do portal G1

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Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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