
“A cobra naja encontrada em uma subestação de esgoto em Balneário Camboriú será entregue ao Butantan, em São Paulo. A administração do Zoo Balneário Camboriú, onde a cobra é mantida desde sexta-feira, encaminhou um ofício para o instituto, que definirá como será feito o transporte.
A espécie foi identificada como Naja kaouthia, ou naja-de-monóculo, natural do Sul da Ásia. É considerada muito perigosa, já que seu veneno é neurotóxico e pode matar um ser humano.
Bióloga do zoo Balneário, Márcia Achutti diz que se chegou a avaliar a possibilidade de a naja permanecer em algum dos zoos da região. No entanto, como não há soro para a espécie no país, o envio ao Butantan foi considerado mais prudente. O instituto deve importar o soro caso mantenha a cobra.
Márcia acredita que a hipótese mais provável para o aparecimento da naja é que ela tenha escapado, ou sido solta, por algum colecionador. Segundo ela, tem aumentado no Brasil o número de cobras perigosas criadas como pets. Nesse caso, o animal é fruto do tráfico ilegal.” – matéria publicada em 15 de março de 2017 pelo sito do jornal Diário Catarinense
A naja foi encontrada em 10 de março na subestação de esgoto da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), na Rua 2950, em Balneário Camboriú (SC), por funcionários que faziam a manutenção do local. Além de todos os problemas que envolvem o tráfico de fauna, a importação ilegal de uma serpente peçonhenta coloca em risco muita gente: além da possibilidade de alguém ser picado, agrava a situação o fato de o Brasil não fabricar ou ter soro antiofídico específico para o “veneno” dessa espécie.