
“O período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres, pois é o período reprodutivo dos papagaios que é o animal mais traficado no Estado. A PMA mantém trabalhos preventivos nas propriedades rurais para prevenir a retirada dos animais e aliciamentos de funcionários de fazendas e assentados pelos traficantes, para a retirada dos filhotes.
Ontem (5) no final da tarde, Policiais Militares Ambientais de Batayporã foram acionados, por Policiais Militares da cidade de Novo Horizonte do Sul, em razão da prisão e condução para a delegacia de polícia civil de uma jovem de 18 anos, que estava com 32 filhotes de papagaios ilegalmente.
A equipe da Polícia Militar fazia uma Blitz educativa na cidade, quando percebeu que uma motocicleta com duas pessoas em atitude suspeita deu meia volta e foi seguida pela equipe até adentrar em uma residência. No local, os Policiais verificaram em uma caixa, 32 filhotes de papagaios. Uma jovem de 18 anos afirmou que seu namorado havia deixado a caixa no local e teria fugido. A infratora alegou ser proprietária também dos papagaios que seriam para venda. As aves foram apreendidas.
A jovem foi autuada administrativamente pela PMA em R$ 16.000,00 e também responderá por crime ambiental e poderá pegar pena de seis meses a um ano de detenção. O namorado também será identificado e responderá pelas mesmas penalidades. As aves serão encaminhadas ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) na Capital.” – texto da matéria de divulgação da PM Ambiental do MS “PMA autua em R$ 16 mil jovem presa pela PM de Novo Horizonte do Sul com 32 filhotes de papagaios”, publicada em 6 de setembro de 2017 pelo site da Polícia Militar do MS
É assim todo ano. Milhares de filhotes de papagaios-verdadeiros são coletados no Cerrado do Mato Grosso do Sul e enviados para várias regiões do país, com destaque para as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro, para serem vendidos como bichos de estimação.
E, por mais que todo mundo saiba disso, o esquema de fiscalização e repressão montado pelas polícias do Mato Grosso do Sul ainda não conseguiu estancar essa hemorragia.
Enquanto houver gente comprando, haverá gente coletando, capturando e vendendo animais silvestres.