Tráfico de animais pela internet: a fiscalização é pontual e tem que crescer

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
22 de agosto de 2012
Traficar animais pela internet, apesar de ser a mais recente forma desse crime, não é uma novidade. No 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Fauna Silvestre, da ONG Renctas (Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres), publicado em 2001, consta:

“Em pesquisa realizada pela Renctas em 1999, foram encontrados 4.892 anúncios em sites nacionais e internacionais, contendo a compra, venda ou troca ilegal de animais silvestres fa fauna brasileira. Desse total, a grande maioria anunciava répteis e aves, mas também foram encontrados diversos outros animais como mamíferos (com destaque para os primatas, felinos e pequenos marsupiais), anfíbios (principalmente sapos amazônicos) e peixes ornamentais.”

O que começa a ser intensificado é o combate à esse tipo de tráfico:

“O Ibama realizou entre os dias 13 e 17/08 a Operação Animais.com, que teve como objetivo coibir o comércio irregular de animais silvestres por meio da Internet. Nesta primeira etapa foram vistoriados criadores e estabelecimentos comerciais no estado de São Paulo com suspeitas de vendas irregulares de animais silvestres.

Animais apreendidos pelo Ibama
Foto: Divulgação Ibama

Foram apreendidos 230 indivíduos da fauna silvestre brasileira, entre araras, pacas, papagaios, quatis, serpentes e tartarugas. Os dez autos de infração lavrados e os quatro termos de embargo e interdição resultaram em R$3,7 milhões em multas.” – texto da matéria de divulgação do Ibama, publicada no site do órgão em 20 de agosto de 2012

Infelizmente, as ações ainda são pontuais, afinal a estrutura de fiscalização está pouco acostumada a combater crimes cometidos com a internet. Mas estão começando a serem feitas. Ainda bem.

“Os ilícitos cometidos por meio da internet têm crescido nos últimos anos, sendo considerada uma das principais vertentes do tráfico de animais silvestres na atualidade. Segundo o servidor Guilherme Destro, que participou da operação, a presença do Ibama no combate aos crimes pela internet será cada vez maior, “vários outros alvos já foram mapeados e estão em processo final de triagem. O monitoramento do Ibama será constante.”
– texto do Ibama

– Leia a matéria completa do Ibama

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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