Trafegando em estradas que cortam unidades de conservação

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
18 de dezembro de 2013
Estradas e rodovias, quando cortam unidades de conservação de proteção integral (como parques, reservas biológicas e estações ecológicas), devem ter tratamento especial. Afinal, o risco de animais silvestres se arriscarem na faixa de asfalto é grande. Infelizmente, apesar das iniciativas para tentar reduzir os atropelamentos de fauna na BR-471 corta 17 quilômetros da Estação Ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul, os resultados ainda são preocupantes.

“O alto índice de mortes de animais na estrada que cruza a Reserva Ecológica do Taim, na Região Sul do Rio Grande do Sul, preocupa os administradores do local. Em 2013, foram 320 casos. No ano passado, o número chegou a 450.

Capivara se arrisca em travessia na BR-471
Imagem: RBS TV

A BR-471 corta 17 quilômetros do Taim. Para evitar danos à fauna, em 2011 o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) começou a colocar telas em uma extensão de dez quilômetros, a fim de não fragmentar as comunidades de animais. A proteção ainda não foi concluída, mas o número de atropelamentos está fazendo com que o Instituto Chico Mendes mude de ideia e queira aumentar a área de proteção.” – texto da matéria “Mortes de animais no RS preocupam administradores da Reserva do Taim”, publicada em 14 de dezembro de 2013 pela página Nossa Terra do portal G1

Os 10 quilômetros de cerca não estão resolvendo, tanto que o gestor da estação ecológica, Henrique Ilha, já pensa em cercar toda a extensão da BR-471 que corta a unidade de conservação, além de aumentar as passagens de fauna (túneis para travessia de animais).

A matéria do G1 não abordou a questão do limite de velocidade nesses 17 quilômetros e atividades de conscientização dos motoristas que utilizam o trecho da estrada. Em áreas com alta probabilidade de animais tentarem cruzar a estrada, como as unidades de conservação, é, no mínimo, prudente fazer com que motoristas dirijam mais devagar.

Esses mesmos motoristas têm de estar cientes que, naquele trecho de rodovia, há boas chances de animais aparecerem. Campanhas educativas, com sinalização, distribuição de folhetos e campanhas em rádio, por exemplo, são boas alternativas.

Com motoristas trafegando em velocidade menor e mais atentos para a questão, com certeza os índices de atropelamentos diminuem.

De acordo com o Centro Brasileiros de Estudos em Ecologia de Estradas, 475 milhões de animais silvestres morrem por atropelamentos todos os anos nas estradas e rodovias brasileiras.

– Leia a matéria completa do portal G1

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Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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