Análise de Dimas Marques
Editor-chefe
dimasmarques@faunanews.com.br
“Canários, periquitos e mandarins não vão mais piar em pequenas gaiolas à sombra da catedral de Notre Dame: Paris, a capital da França, votou a favor do fechamento de seu mercado de pássaros do século 19 por considerá-lo inadequado para os tempos atuais.
Aberto aos domingos, o mercado na ilha da Île de la Cité, no Rio Sena, é um ímã de turistas e parisienses com crianças há décadas, mas uma campanha de um grupo de direitos dos animais contrário a ele e planos de reforma do local levaram o conselho municipal a decidir pelo fechamento.
“O mercado se tornou o epicentro do tráfico de pássaros na região de Paris, inclusive de pássaros ameaçados de extinção”, disse o vice-prefeito parisiense, Christophe Najdovksi.
“Uma segunda razão para fechá-lo é que as condições nas quais os pássaros são apresentados não são mais aceitáveis”, disse.
Aberto em 1808, o mercado de pássaros deve fechar quando a cidade finalizar a reforma do saguão do mercado de flores com toldos de ferro fundido históricos no mesmo local em 2023-25.” – texto da matéria “Paris fechará mercado histórico de pássaros; assista vídeo”, publicada em 25 de fevereiro de 2021 com informações da agência Reuters
O poder público funciona sob pressão, respondendo às demandas de grupos sociais mais organizados e ativos. E foi o que aconteceu em Paris, onde ativistas pelos direitos dos animais conseguiram o fechamento da tradicional feira de aves que acontece aos domingos e atrai legiões de turistas e parisienses.
Mas questões ligadas ao bem-estar dos animais (no local, além de aves são vendidos peixes, coelhos e muitos outros pequenos animais) e a preocupação com o tráfico de fauna foram decisivas no processo decisório. E garanto que se os frequentadores e turistas forem informados desses problemas, a maioria apoiará.
Chega de crueldade em um local onde reinam as flores…