Trabalhar com animais silvestres é viver de “pires na mão”

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
25 de setembro de 2013
“Para alimentar os 150 animais que estão internados no setor de animais silvestres do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e suprir a demanda de mais de 1 tonelada de comida por mês, o órgão tem que recorrer a doações de empresários de hortifrutigranjeiro da cidade. Isso ocorre porque a instituição não destina recursos específicos para a compra de alimentos para animais deste setor e a verba repassada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) não é suficiente para atender a todos os animais, já que o setor trabalha atendendo 50% acima da capacidade.” – texto da matéria “UFU precisa de doações para alimentar animais silvestres do Hospital Veterinário”, publicada em 23 de setembro de 2013 pelo site do jornal Correio de Uberlândia (MG)

O hospital é uma referência no tratamento de silvestres
Foto: Fabio Femanae

São instituições ligadas ao poder público e ONGs. Quem trabalha com animais silvestres, resgatando-os e trabalhando pela reabilitação deles, sofre com a falta de interesse da sociedade com eles.

Isso mesmo, é a sociedade que ainda não despertou para a importância e o direito à vida dos silvestres. A população e o poder público ainda são essencialmente antropocentristas, considerando a vida de outras espécies como recursos a serem explorados.

Se a sociedade realmente estivesse informada sobre o assunto e mobilizada pela conservação e bem estar da fauna silvestre exigiria do poder público uma política de Estado e recursos financeiros suficientes, o que também refletiria na administração dos hospitais veterinários e nos apoios e doações de recursos de empresas e de pessoas físicas para ONGs.

E essa é a situação de um hospital veterinário que…

“… é um centro de referência para tratamento de animais silvestres na região e recebe animais de diversas espécies, a maioria resgatada vítima de acidentes e de porte ilícito. “Além daqueles trazidos pelo Ibama, recebemos animais resgatados pelo Corpo de Bombeiros e, vez ou outra, de alguém que acha o animal prestes a entrar na cidade e nos comunica”, disse o professor e coordenador do Hospital Veterinário, André Luis Quagliatto.

Quagliatto, coordenador do hospital

Foto: Cleiton Borges

Segundo ele, o tempo de permanência dos animais pode variar de algumas horas a até dois anos, até que eles sejam encaminhados para soltura ou reintroduzidos na natureza. “Eles passam por uma avaliação clínica para verificação do estado de saúde. Caso estejam saudáveis, são encaminhados para soltura ou destinados para zoológicos, criatórios e abrigos particulares. Do contrário, permanecem aqui, em tratamento, até que estejam em condições de serem reintroduzidos na natureza”, afirmou.” – texto do Correio de Uberlândia

– Leia a matéria completa do Correio de Uberlândia

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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