
Fatos rotineiros, geralmente, raramente viram notícia. A imprensa tem uma preferência pelo inusitado, pelo diferente.
“A mãe e filhote de tatu-galinha morreram após serem atropelados na alça de acesso à rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), próximo ao final da avenida Nações Unidas, nesta terça-feira (9), em Bauru. A mãe do filhote chegou a ser esmagada devido ao impacto da batida e os restos mortais ficaram pela pista.
Segundo o diretor do Zoológico de Bauru, Luiz Pires, ele trafegava pela rodovia, quando encontrou os tatus mortos. “Infelizmente encontrei a mãe e o filhote mortos e é triste saber que ainda temos atropelamentos na nossa região. Precisamos ter mudanças nas estradas, como um monitoramento dos locais que os animais estão atravessando e construir passagens de fauna", disse.” – texto da matéria “Bauru-Marília: mãe e filhote de tatu-galinha são atropelados”, publicada em 10 de dezembro de 2014 pelo site do Jornal da Cidade (Bauru – SP)
O atropelamento dos tatus pode ser analisado por ser uma exceção, afinal, esse tipo de caso é normalmente noticiado quando envolve onças, lobos-guarás, tamanduás e outros animais de grande porte – que representam apenas 1% das mortes. Os pequenos silvestres, como sapos, cobras, pequenas aves e tatus como os de Bauru, são as principais vítimas, representando 90% do total.
Vale destacar que, de acordo com estudo do coordenador do Centro brasileiro de Estudos em Ecologia de Estadas, Alex Bager, 475 milhões de animais silvestres morrem atropelados todos os anos nas estradas e rodovias brasileiras.
Ao mesmo tempo, o caso é um tanto atípico pelo fato de mãe e filhote terem morrido juntos no atropelamento. Será que esse é o motivo para as mortes terem despertado interesse da imprensa?
– Leia a matéria completa do Jornal da Cidade