
“As 138 aves silvestres, sendo 101 papagaios, 20 araras e 17 periquitos, nativas da fauna tocantinense e resgatadas pela Polícia Militar, Ibama e Polícia Federal no estado do Goiás serão repatriadas a partir desta segunda-feira, 14, pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). As aves estão desde setembro no Centro de Triagem de Animais Silvestres do Goiás (Cetas/GO) e seriam usadas no contrabando de animais silvestres.
A veterinária do Naturatins Grasiela Pacheco explicou que o órgão ambiental possui o projeto de repatriação que é o retorno dos animais silvestres que são apreendidos em outros estados do território brasileiro e internacional. “Temos o objetivo de trazer de volta os animais que foram retirados da fauna tocantinense. Como é o caso das aves, pois se trata de um número significativo”, explicou a veterinária. Segundo Grasiela, a presença das aves irá contribuir para o enriquecimento das áreas do Tocantins que estão fragilizadas em termos de números de indivíduos.
A repatriação, segundo Grasiela Pachecho, foi planejada durante dois meses pelo Naturatins. “Como eles foram apreendidos em outro estado e ainda são pequenos, tivemos que preparar quatro pontos de apoio distribuídos pelo estado com recintos especiais, além de pensar na logística do transporte do Goiás para cá”, explicou. Além dos recintos construídos principalmente para abrigar os animais silvestres, a veterinária ressalta que 10 caixas, contendo de oito a 10 lugares, tiveram que ser fabricadas sob medida para a realização do transporte.” – texto da matéria de divulgação “Cerca de 140 aves silvestres resgatadas do tráfico serão repatriadas pelo Instituto Natureza do Tocantins”, publicada em 14 de dezembro de 205 pelo site do Naturatins
O ideal é sempre realizar a soltura na área onde os animais foram capturados pelos traficantes de fauna. Mas isso, na quase totalidade dos casos, não é possível.
E não é possível porque muitos dos animais são apreendidos com pessoas que não tem a menor ideia da origem dos mesmos (já que o mercado negro de fauna é formado por muitos intermediários até chegar ao comprador final), mas também porque os órgãos de fiscalização e controle – como os policiais e agentes do Ibama, por exemplo – não investigam. Ao realizarem as apreensões, na grande maioria dos casos, não há esforço em tentar identificar o local de captura para que, futuramente, seja realizada a soltura na área de origem do bicho.
E quando os animais chegam aos centros de triagem e reabilitação, se tiverem a sorte de serem selecionados e destinados para algum dos pouquíssimos trabalhos de devolução à natureza existentes no Brasil, o que resta fazer aos profissionais envolvidos na soltura? O mesmo que a equipe do Naturatins planejou para o caso relatado acima.
Se não se tem o local de origem do animal, ao menos ele será devolvido à vida livre em um ecossistema onde sua espécie ocorre e ajudará a aumentar a população dos seus naquele habitat.
Que dê tudo certo.
– Leia a matéria completa do site do Naturatins
– Saiba mais sobre o tráfico de animais silvestres