Só radares ajudam a reduzir atropelamentos de animais?

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
26 de junho de 2013
“O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/MS) está instalando mais um radar na BR-163, agora no quilometro 700, no entroncamento da rodovia com a MS-215, em Pedro Gomes. Para a completa operação dos equipamentos, o DNIT aguarda a aferição pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).

Radar em instalação na MS-215
Foto: Edição de Notícias/PC de Souza

O objetivo é controlar a velocidade em lugares considerados perigosos e de alto fluxo de veículos. Além de preservar vidas, a instalação visa também reduzir o número de animais mortos por atropelamento na rodovia. A partir do momento que estiverem em funcionamento, os motoristas que passarem acima da velocidade máxima permitida serão multados.” – texto da matéria “Controladores de velocidade estão sendo instalados na BR-163”, publicada em 25 de junho de 2013 pelo site do jornal Correio do Estado

A matéria não detalha, mas aparentemente uma série de radares está sendo instalada na rodovia. Espera-se que o número de equipamentos seja suficiente para efetivamente fazer com que os motoristas respeitem os limites de velocidade. Afinal, se forem poucos e esparsos equipamentos, o condutor do veículo volta a acelerar assim que passar pelo radar.

Mais que radares, campanhas de conscientização junto aos motoristas são fundamentais.

“Segundo o biólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Andreas Kindel, um estudo realizado na Austrália sugere que uma redução de 20% na velocidade diminui em 50% a mortalidade de animais atropelados em estradas. Os motoristas são as principais peças para serem trabalhadas em qualquer projeto de objetive a redução do conflito entre veículos e a fauna silvestre.” – texto do post “Respeito aos limites e cuidado salvariam animais na pantaneira BR-262”, publicado pelo Fauna News em 31 de maio de 2013

A redução dos atropelamentos de animais silvestres em rodovias depende de um conjunto de ações. Além de trabalhar com os motoristas, os gestores das estradas têm de investir em infraestrutura, como passagens de fauna, sinalização, cercas, monitoramento para retirada de cadáveres que atraem animais carniceiros, etc.

Estimativa do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, da Universidade Federal de Lavras, indica que cerca de 475 milhões de animais silvestres são mortos por atropelamentos nas estradas e rodovias brasileiras anualmente.

– Leia a matéria completa do Correio do Estado
– Releia “Respeito aos limites e cuidado salvariam animais na pantaneira BR-262”, publicado pelo Fauna News em 31 de maio de 2013

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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