Respeito aos limites e cuidado salvariam animais na pantaneira BR-262

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
31 de maio de 2013
“Para os motoristas de ônibus, caminhão e carros de passeio que trafegam na BR-262, no Mato Grosso do Sul, o excesso de velocidade é a principal causa dos atropelamentos de fauna na rodovia. Entre as cinco razões descritas no questionário formulado pela UFPR através do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI), 66,6% assinalaram esta opção. O descuido na direção é apontado por 54,5% como a segunda principal causa de acidentes com animais. Era possível assinalar mais de uma razão para os acidentes.

Pesquisa do ITTI com motoristas, na BR-262
Foto: Divulgação ITTI

Em abril, foram entrevistados 101 motoristas na BR-262/MS, no trecho próximo ao Buraco das Piranhas, em Corumbá. Quase a totalidade deles (98,01%) reconhecem que o atropelamento de fauna é um dos principais problemas da rodovia. Entre os entrevistados, 47,5% já presenciaram pelo menos um acidente deste tipo, sendo que 17,8% reconheceram ter atropelado algum animal.” – texto da matéria “Excesso de velocidade é apontado como a principal causa de atropelamentos de fauna na BR-262”, publicada em 29 de maio de 2013 pelo Correio de Corumbá

Segundo o biólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Andreas Kindel, um estudo realizado na Austrália sugere que uma redução de 20% na velocidade diminui em 50% a mortalidade de animais atropelados em estradas. Os motoristas são as principais peças para serem trabalhadas em qualquer projeto de objetive a redução do conflito entre veículos e a fauna silvestre. É por isso que o ITTI está inovando no trabalho que desenvolve na BR-262.

O Instituto não tem desenvolvido apenas soluções para melhorar a infraestrutura da estrada, como a recente implantação de quatro radares nos trechos onde ocorrem mais atropelamentos, além da colocação de telas e do corte da vegetação mais densa que prejudica a visibilidade do motorista. Seus profissionais têm desenvolvido campanhas de conscientização, com a distribuição de folhetos e CDs para motoristas e nas rádios da região.

Estimativa do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, da Universidade Federal de Lavras, indica que cerca de 475 milhões de animais silvestres são mortos por atropelamentos nas estradas e rodovias brasileiras anualmente.

Tamanduá-mirim atropelado na BR-262, no Pantanal (MS)

Foto: Marcela Sobanski

– Leia a matéria completa do Correio de Corumbá
– Leia “Massacre nas estradas”, publicada na edição de maio de 2013 da revista Terra da Gente

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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