“O comércio internacional de todas as espécies de pangolim, um pequeno mamífero em risco de extinção, passou a ser proibido nesta quarta-feira (28), após uma votação em Johannesburgo.
O pangolim, animal em risco devido à caça clandestina, recebeu o nível máximo de proteção contra o comércio ilegal na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (Cites), em uma tentativa de salvá-lo.
Até agora, o comércio das oito espécies conhecidas desse mamífero insetívoro com escamas, que vive na África e no Sudeste Asiático, estava legalmente regulamentado. Após a votação, porém, ficaram inscritas no anexo I da Cites, o qual proíbe o comércio de espécies em risco de extinção.
“O comitê aceita que todos os pangolins – africanos e asiáticos – sejam inscritos no anexo I”, indicou a Cites, nesta quarta-feira (28), em sua conta no Twitter.
“É uma enorme vitória e uma boa notícia incomum para uma das espécies mais ameaçadas do mundo”, declarou Ginette Hemley, chefe da delegação da organização mundial para a proteção da natureza, WWF.
“Isso coloca fim às questões sobre a legalidade do comércio. Isso tornará mais difícil o tráfico dos criminosos”, acrescentou, convocando os 182 Estados-membros da convenção a “fazer a decisão ser respeitada rapidamente”.
“Daqui a dez anos, todos os pangolins ficarão fora dos menus”, advertiu a delegação da Nigéria, que sugeriu essa iniciativa.” – texto da matéria ‘Comércio internacional de pangolins fica proibido”, publicada em 28 de setembro de 2016 pelo site da revista Isto É
Só para lembrar, os pangolins são traficados por causa de sua carne (consumida na Ásia), de suas escamas de queratina (usadas por chineses e vietnamitas como remédio), e por considerarem, na África, que afastam o mau-olhado.