Reflexão para o fim de semana: animais têm sensações de prazer. Descobriram o óbvio

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
05 de agosto de 2011
A edição de 1º de agosto de 2011 da Folha de S. Paulo – no caderno destinado ao material produzido pelo New York Times – traz a seguinte matéria: “Como nós, outros animais têm sensações de prazer”. O texto de Katherine Bouton se baseia em informações do livro “The Exultant Ark” (A Arca Exultante), do especialista em comportamento animal Jonathan Balcombe.

“O texto de Balcombe é um estudo sério sobre o tema do prazer dos animais. Para começar, o prazer é adaptativo: assim como “a dor desencoraja os animais de fazer coisas que resultem no risco de ferimentos ou morte, que não são resultados bons no processo evolutivo”, ele escreve, o prazer “é a maneira usada pela natureza para aumentar as chances de sobrevivência e a produção reprodutiva”.

Foto: Steve Mandel

Em segundo lugar, sabemos que o prazer existe em pelo menos uma espécie animal: a humana. Balcombe argumenta que os animais podem experimentar “formas de prazer inacessíveis aos humanos”. O terceiro argumento é simples: que os animais são equipados para sentir prazer. Como sabemos que os animais sentem dor, por que não sentiriam prazer?” – texto da matéria

“Em sua conclusão, Balcombe argumenta que a capacidade que um animal possui de sentir prazer é um fator importante a ser levado em conta na discussão dos direitos dos animais. “O fator decisivo real quando se analisa se um ser merece ou não respeito e compaixão é a capacidade de sentir”, ele escreve.” – texto da matéria

Aqui, chegamos a um conceito: senciência.

“Conceito chave para a compreensão do debate sobre os direitos animais. A senciência é definida como a presença de estados mentais que acompanhem as sensações físicas. Ela é um atributo fundamental para todos os animais, por estes estarem separados de sua fonte de alimentos e, portanto, só existe neles. Por isso é considerada uma característica típica e definidora dos indivíduos do reino animal.

Não se deve confundir senciência com autoconsciência, que é o conceito que define a consciência que o eu tem de ser um indivíduo pensante, separado dos demais seres.” – texto da Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA)

– Leia a matéria original do The News York Times (em inglês).

– Saiba mais sobre “senciência” – site da Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA) 
– Mais sobre “senciência” – site do Laboratório de Bem-estar Animal da Universidade Federal do Paraná (Labea – UFPR) .

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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