
“Um homem de 52 anos foi detido nesta quarta-feira (24) suspeito de traficar cerca de 1 mil canários-da-terra, no Km 107 da BR-060, perto de Goianápolis, na região central de Goiás. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os animais estavam presos em 19 gaiolas e estavam sendo levados para Brasília para serem vendidos.
Ainda conforme a PRF, o suspeito, Marcílio José de Oliveira, foi detido em uma abordagem de rotina da polícia. Ele afirmou à polícia que as aves foram adquiridas de cativeiros de cidades do interior do estado e seriam vendidas por cerca de R$ 500 cada.
Segundo o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso, William Martins, o suspeito deve permanecer preso e, se condenado, pode permanecer detido por até 12 anos. “Ele foi autuado por tráfico de animais silvestres e pelo crime de corrupção ativa, tendo em vista que ofereceu vantagem indevida aos policiais da PRF”, afirmou.
Também deve ser estabelecida uma multa de R$ 500 por ave. Os animais foram levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Goiânia.” – texto da matéria “PRF apreende cerca de 1 mil canários e prende suspeito na BR-060, em GO”, publicada em 24 de fevereiro de 2016 pelo portal G1
A imagem acima mostra que os animais, ainda amontoados, ficaram no chão de uma cozinha até serem transferidos para o Cetas de Goiânia
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A pergunta que deve ser feita neste caso é: por que as polícias, o Ibama e as secretarias de Meio Ambiente dos Estados e Municípios ainda não possuem serviços de emergência e estrutura para atender, nas primeiras horas, animais apreendidos com traficantes em situações de risco?
É fato que, nas primeiras horas após as apreensões, muitos animais morrem. E essa perda de vidas poderia ser diminuída se biólogos e veterinários estivessem disponíveis, com equipamentos, alimentação e água, para atendimento emergencial.
Até quando acontecerá esse descaso? É assim no Brasil todo.