Um processo histórico que fundiu hábitos de índios e europeus no Brasil a partir de 1500 resultou no gosto do brasileiro por manter animais silvestres em cativeiro doméstico – uma das principais causas desse mercado negro em território nacional.
Na Europa ocidental, desde a Idade Média, as pessoas já criavam animais silvestres em suas casas. Esse costume intensificou-se com as Grandes Navegações (final do século XV e século XVI), afinal rotas comerciais foram estabelecidas facilitando o acesso a bichos das mais diversas regiões do mundo.
No Brasil pré-colonial, índios também criavam animais como bichos de estimação. Tanto que os grupos falantes da língua tupi tinham até um termo específico para esses espécimes: os xerimbabos – “coisa muito querida”. É o caso dos Akuntsu, fotografados por Araquém Alcântara, ainda hoje.
Sobre os Akunstu:
“Os últimos cinco sobreviventes dos chamados Akuntsu vivem em pequenas malocas próximas uma da outra, nas matas do igarapé Omerê, afluente da margem esquerda do rio Corumbiara, no sudeste de Rondônia. A área constitui uma pequena reserva de mata outrora pertencente a uma fazenda particular interditada pela Funai no final dos anos 1980. Caracteriza-se por floresta equatorial de terra firme, razoável incidência de pequenos morros, poucas nascentes e, assim como as demais reservas de mata de Rondônia, encontra-se seriamente ameaçada por frentes agropastoris.” – texto do site do Instituto Socioambeintal (ISA)
– Veja a foto de Araquém Alcântara divulgada em sua página no Facebook
– Leia mais sobre os Akuntsu no site do ISA