“Uma operação no Norte de Minas terminou com 23 pessoas presas e 604 animais silvestres apreendidos entre os dias 17 e 21 deste mês. Foi feita também apreensão de duas tarrafas (rede de pesca), sete armas de fogo, além de aplicadas multas de mais de R$ 400 mil. A região é utilizada para o tráfico de animais.
Organizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em parceria com a Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMG) e Polícia Civil (PC), a fiscalização tinha como objetivo combater o tráfico de pássaros, papagaios, araras, maritacas e periquitos. Além disso, a operação buscou coibir o transporte e o comércio ilegal de animais da fauna silvestre e identificar a origem dos espécimes traficados.
Segundo a Semad, a fauna brasileira retirada do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país é enviada para o Sudeste, sendo que os principais receptadores estão, entre outros lugares, em Minas Gerais. Geralmente, o transporte é feito por via terrestre ou fluvial. A venda dos animais é realizada em feiras e comércios às margens das rodovias mineiras.
A operação abrangeu seis rodovias e estradas provinciais do Norte do estado, que é conhecido como área de captura e rota de tráfico de animais. Por meio de bloqueios policiais, foram vistoriados 195 veículos e fiscalizados 88 alvos.” – texto da matéria “Operação apreende mais de 600 animais silvestres no Norte de MG”, publicada em 25 de outubro de 2016 pelo site do jornal mineiro Estado de Minas
Se os órgãos de fiscalização resolverem, em qualquer município do país, passar um “pente fino” para apreender todos os animais irregulares, não seria necessária investigação para que uma imensa quantidade de apreensões seja realizada.
Mas, só para lembrar, fiscalização não vai resolver o problema do tráfico de fauna. Só com a conscientização da população, que deve parar de comprar animais silvestres para criá-los como bichos de estimação, é que o problema será combatido com efetividade.