
A Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (RBJA) acaba de eleger uma nova diretoria e dar posse aos seus conselhos Consultivo e Fiscal para os próximos dois anos. Espera-se, com isso, aprimorar as atividades e apoiar profissionais de comunicação socioambiental e estudantes. A Assembleia Geral foi realizada no dia 29 de abril de 2025.
Foram eleitos para a Diretoria Executiva como presidente, Maristela Crispim (CE); vice-presidente, Stefano Wrobleski (SP); secretário executivo, Marcio Isensee e Sá (RJ); e diretora administrativa e financeira, Catalina Leite (CE).
O Conselho Consultivo é composto por Aldem Bourscheit (DF), Ana Carolina Amaral (SP), Carlos Tautz (RJ), Daniel Nardin (PA), Gustavo Faleiros (SP), Ilza Maria Tourinho Girardi (RS), João Batista Santafé Aguiar (RS), José Alberto Gonçalves Pereira (SP), Juliana Arini (MT), Kátia Brasil (AM) e Wilson da Costa Bueno (SP). Integram o Conselho Fiscal Adalberto Marcondes (SP), Gisele Neuls (SP) e Líliam Cunha (BA).
História
A Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental foi fundada em 1998 para responder aos anseios dos jornalistas brasileiros que já acompanhavam o tema desde a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92). Com o objetivo de aprimorar a atividade jornalística em temas de meio ambiente e promover o intercâmbio de informações, textos, experiências e oportunidades, a RBJA se tornou uma importante referência para profissionais e estudantes.
Dal Marcondes, diretor executivo da Envolverde, explica que em 2016 um grupo de jornalistas trabalhou pela institucionalidade da RBJA e criou a organização social que, agora, elege essa nova diretoria. “Meu trabalho junto à RBJA teve início em 1999, quando o Roberto Villar me convidou para participar do pequeno grupo que estava se organizando em rede para a defesa do jornalismo ambiental. Em 2005, os jornalistas paulistas deram uma contribuição para o fortalecimento da RBJA ao realizar o 1º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, na cidade de Santos, litoral paulista. De lá para cá, participei de todos os oito congressos. Mas, foi em 2016 que tive a honra de ser escolhido para primeiro presidente formal da RBJA”.
Ao longo de 27 anos, a entidade foi responsável pela organização de oito congressos sobre jornalismo ambiental. Em 25 de maio de 2016, a RBJA foi institucionalizada e tornou-se uma associação privada, com a aprovação de um estatuto e eleição da primeira diretoria e de outros órgãos internos.
A editora-chefe da agência Eco Nordeste, Maristela Crispim, que assume a direção neste momento de transição, descreve sua experiência na Rede e expectativas: “Eu me senti muito acolhida quando ingressei na RBJA, há 23 anos. Foi um período de intensas trocas e aprendizados que influenciou fortemente na minha carreira até aqui. Espero, com esta equipe diversa que montamos, dar uma contribuição para retomar o processo de institucionalização da Rede, iniciado em 2016, e trazer ainda mais benefícios para os futuros associados”.

Segundo a professora titular aposentada e professora convidada no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e integrante do Conselho Consultivo da RBJA, Ilza Maria Tourinho Girardi, “é muito importante esse passo dado para a institucionalização da Rede, mesmo que já tenha uma atuação ativa desde 1998. Ela permitirá a sua participação em conselhos governamentais que têm representação popular. O mais importante é que precisamos, como jornalistas, atuar em bloco em defesa da vida em todas as dimensões, defender o diploma e lutar pela criação da disciplina em Jornalismo Ambiental nos cursos de Jornalismo no País. Além disso, a Rede pode estimular a pesquisa na área nas universidades bem como a criação de projetos de extensão”.