
Com apenas 21 anos, rapaz já criava ilegalmente 23 aves silvestres. Resultado da falta de educação ambiental. Se o infrator tivesse sido sensibilizado sobre os problemas que tal atitude causa aos ecossistemas, aos próprios animais e ao risco de contrair doenças (mais de 180 zoonoses estão ligadas ao tráfico de fauna), aumentariam as chances dele não se envolver com essa atividade.
“Um auxiliar de serviços gerais, de 21 anos, foi atuado em flagrante e recebeu multa de R$ 20,5 mil por crime ambiental no fim da tarde desta terça-feira (2), no Jardim Belo Galindo, em Presidente Prudente. De acordo com a Polícia Militar Ambiental, o homem mantinha 23 aves da fauna silvestre, além de duas espécies em extinção, em cativeiro em sua residência.
Ainda de acordo com a corporação, os policiais estavam em patrulhamento quando chegaram até o imóvel do acusado. No local, os agentes encontraram 23 pássaros, entre eles, quatro canários-da-terra-verdadeiros, quatro coleirinhos-papa-capim, dois tico-tico-rei, um bigodinho, um curió, um tico-tico, um galo-de-campina, dois sabiás-pardo, um caboclinho-frade, uma patativa-verdadeira, três tietês, um trinca-ferro e um sanhaço-ira. Todas as aves estavam presas em gaiolas de arame e madeira.
Entre os pássaros apreendidos, dois deles – curió e patativa-verdadeira – estão em extinção. Segundo a Polícia Militar Ambiental, a autuação por manter as aves em extinção em cativeiro é de R$ 5 mil por pássaro. Já para as outras espécies da fauna silvestre a multa é de R$ 500 por ave.” – texto da matéria “Auxiliar de serviços gerais é autuado em R$ 20,5 mil por crime ambiental”, publicada em 3 de junho de 2015 pelo site I Fronteira (da TV Fronteira), de Presidente Prudente (SP)
Infelizmente, para o poder público, isto é, para os governantes, o combate ao tráfico de animais ainda é baseado na repressão. Apenas com ação policial, o comércio ilegal de animais silvestres e a manutenção sem autorização de silvestres em cativeiro doméstico (pets) continuará a existir.
É preciso, de forma urgente, investir em educação ambiental e no aperfeiçoamento da legislação, já que as leis são brandas, não punindo e não educando.