
“O Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) resgatou 122 animais silvestres que estavam sendo comercializados neste domingo (31), na feira de Oitizeiro, em João Pessoa. A apreensão ocorreu durante uma operação, que terminou com três suspeitos detidos por prática de crime ambiental. A operação ocorreu no início da semana do Meio Ambiente – celebrada no mundo inteiro – e faz parte do plano de ações de combate aos crimes ambientais, na Paraíba.
Uma equipe de 30 policiais militares cercou todas as saídas da feira, após o núcleo de inteligência do Batalhão Ambiental realizar um levantamento prévio sobre o comércio que acontecia durante esse domingo. As espécies resgatadas foram galo de campina, sabiá, papa-capim, gaturão, sanhaço, golado, corda negra, canário da terra e periquito da caatinga.
De acordo com o major Tibério Leite, que comandou a operação, o combate à comercialização das aves silvestres tem sido intensificado desde junho do ano passado. “É um trabalho que estamos intensificando principalmente nas feiras livres, onde há uma maior incidência desse crime ambiental”, destacou.” – texto da matéria “Polícia resgata 122 animais silvestres e detém suspeitos em JP”, publicada em 1º de junho de 2015 pelo site PB Agora
A fiscalização em feiras e pontos de venda de animais silvestres (tanto os pontos ilegais como os legalizados) deve ser feita rotineiramente, mas não deve ser a única forma para reprimir o tráfico de fauna. Os órgãos de controle, como a polícia e o Ibama, têm de investir em ações nas áreas de captura e apanha dos bichos.
Para tanto, é necessária inteligência, isto é, realizar um levantamento da origem dos animais e planejar investidas e a presença policial nesses locais. Quando se evita a saída dos bichos de seus ecossistemas, há uma redução da chegada deles nas feiras e a diminuição do envio dos mesmos para os centros de triagem – o que gera economia para os cofres do poder público (que na área ambiental já são pobres).
Evita-se também a ausência dos animais em seus ecossistemas, já que, quando são apreendidos longe de seus habitat, eles têm de passar por longos períodos de reabilitação para, com sorte, voltarem à vida livre.
Priorizar a fiscalização em feiras é “enxugar gelo”, pois sempre haverá serviço em grande quantidade para a polícia e, consequentemente, para os lotados e pobres centros de triagem e reabilitação de animais silvestres (Cetas e Cras).
Que tal repensar a forma de combater o tráfico de fauna?
– Leia a matéria completa do PM Agora