
“Policiais do Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde apreenderam 10 pássaros silvestres mantidos em cativeiro em Guarapuava, na região central do Paraná, na manhã de domingo (4). A equipe chegou ao local depois de receber várias denúncias de que os animais eram caçados na natureza, presos em gaiolas e depois vendidos.
Segundo a Força Verde, entre as espécies, havia azulão, trinca-ferro e canário-da-terra. Todos estavam presos em gaiolas.(…)
O suspeito de caçar e vender os pássaros silvestres assinou um Termo Circunstanciado. Ele deve responder na Justiça por vender arma de fogo irregularmente e também por manter animais em cativeiro. A polícia deve continuar investigando o caso.” – texto da matéria “Força Verde apreende 10 pássaros silvestres em cativeiro no Paraná”, publicada em 5 de janeiro de 2015 pelo portal G1
O sujeito possui arma ilegalmente, caça, prende aves em gaiolas e as vende e, simplesmente, assina um termo circunstanciado e sai da delegacia para continuar tocando a sua vidinha. Se não houvesse arma envolvida, a situação ficaria imensamente menos complicada para ele.
E a culpa desse tipo de situação não é da polícia, mas da legislação fraca. Enquanto capturar, manter em cativeiro e comercializar animais silvestres sem autorização forem considerados crimes de “menor potencial ofensivo”, já que a pena prevista é de seis meses a um ano de prisão, não resta a autoridade policial outra alternativa: o bandido fica solto e dificilmente será condenado e cumprirá sua punição na cadeia. Isso no Brasil não existe!
Enquanto isso, as aves apreendidas devem seguir para algum centro de triagem ou recuperação de animais silvestres, que se for do poder público estará lotado e com infraestrutura precária, para começar uma longa jornada para retornar à vida livre (se tiver sorte).
Quando o assunto é tráfico de fauna no Brasil, o mal está vencendo.