Quando animais silvestres são atacados por domésticos

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
24 de fevereiro de 2014
Quando se retira um animal silvestre da natureza para trafica-lo como bicho de estimação, uma das consequências é a exposição do bicho a perigos que ele desconhece. Animais domésticos são um desses perigos.

É o caso de Cascão, um jabuti que foi atacado há 10 anos por um cão e acabou perdendo uma das patas.

“Um jabuti que foi mordido por um cachorro há 10 anos voltou a andar esta semana com a ajuda da roda de um caminhão de brinquedo. Ele foi tratado Hospital Veterinário de Uberaba, no Triângulo Mineiro, e já está se adaptando ao novo jeito de rastejar. Batizado carinhosamente pela equipe médica de Cascão, o bicho tem aproximadamente 20 anos e pesa três quilos. Quando foi atacado teve a pata dianteira quase arrancada e, durante anos, ficou com lesões na carapaça (casco) devido o constante atrito com o solo.

Cascão co sua rodinha
Foto: Divulgação Cláudio Yudi

De acordo com o veterinário Cláudio Yudi, foi colocada uma roda de plástico de um caminhão de brinquedo – de uma loja de R$ 1,99 – para que o animal conseguisse reequilibrar e não mais encostar a carapaça no chão. Após a inserção da roda imediatamente o animal começou a se movimentar em solo de terra e gramado. O jabuti foi doado ao Hospital Veterinário e ficará em observação no período de adaptação de dois a seis meses. Posteriormente, Cascão será mantido em recinto com outras tartarugas na Universidade de Uberaba.” – texto da matéria “Jabuti ferido por cachorro volta a andar com ajuda da roda de caminhão de brinquedo”, publicada em 19 de fevereiro de 2014 pelo site do jornal Estado de Minas

A família que criava Cascão acabou entregando o animal ao hospital veterinário. Será que essas pessoas tomaram tal atitudo por conseiderarem ser a melhor opção para o animal ou será que se livraram de um problema?

Bastante dedicação e criatividade do veterinário Cláudio Yudi melhoraram a qualidade de vida do jabuti. Infelizmente, ações como a desse profissional não são rotina.

– Leia a matéria completa do Estado de Minas

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Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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