Quando a fauna não é prioridade, animais não voltam à vida livre

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
10 de dezembro de 2013

“De acordo com Diogo Lagroteria, o Ibama recebeu em torno de 600 animais que foram resgatados, apreendidos ou entregues espontaneamente. Mas 30% acabam ficando em cativeiro, isto é, levados para locais aptos a recebê-los como zoológicos, mantenedores de fauna ou mesmo criadores científicos.

Um dos principais motivos para que esses animais não sejam soltos é a dificuldade de reabilitá-los e que está relacionada com o ambiente de onde o animal saiu e até mesmo com a falta de uma estrutura física ampliada para realizar esse trabalho. Além disso, a equipe de especialistas ainda é pequena.

Diogo é o único veterinário do Ibama no Amazonas. “A gente percebe que as prioridades no Amazonas são outras, que é a fiscalização e o desmatamento, por exemplo. Mas não podemos fechar os olhos para outros problemas”, disse. Na opinião do especialista é necessário mais investimentos. Os recursos, neste caso, dependem do Ministério do Meio Ambiente.” – texto da matéria “Animais selvagens resgatados pelo Ibama sofrem para se readaptar”, publicada em 10 de dezembro de 2013 pelo site do jornal A Crítica

A informação de que parte dos animais não retorna à natureza por falta de infraestrutura do poder público indica o quanto a fauna silvestre não é importante na política ambiental brasileira. E isso não é uma característica exclusiva da União, por meio do Ibama. Estados e municípios raramente investem em centros (Cetas ou Cras) para receber, triar, recuperar e encaminhar para projetos de revigoramento populacional ou reintrodução em áreas de soltura (que também não são suficientes: os projetos e as áreas).

Desde o início da vigência da Lei Complementar 140, de 2011, a gestão da fauna silvestre foi passada para os Estados. E, aos poucos, o Ibama está transferindo essa responsabilidade para os governadores. Dessa forma, a emissão das autorizações para a criação e a fiscalização de centros de recebimento e cuidados de animais e áreas de soltura passam a ser responsabilidade dos Estados, que também deverão investir nessa infraestrutura.

Será que o farão?

A gestão da fauna silvestres brasileira está largada… O que funciona é consequência do esforço de funcionários.

– Leia a matéria completa de A Crítica

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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