
“A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (14) uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de aves e outros animais silvestres. Os pássaros eram capturados principalmente no Tocantins e revendidos para outros estados. A PF cumpre 10 mandados de prisão preventiva, 15 de busca e apreensão e 10 de condução coercitiva em Tocantins, Goiás e São Paulo.
Segundo a PF, as aves também eram capturadas na Bahia e no Pará. Mas a suspeita é de que grande parte tenha sido caçada no Parque Nacional do Jalapão, uma unidade de conservação federal localizada em território tocantinense e conhecida por ser um refúgio natural de vida selvagem.
A Polícia Federal informou que uma ave recém-saída do habitat custava em torno de R$ 65 e depois era revendida por até R$ 2 mil. Durante as investigações, mais de 500 animais foram apreendidos. "Muitas, ainda filhotes, eram transportadas em espaços sufocantes, para dificultar a fiscalização", informou a PF, em nota.
A suspeita é de que a organização também promovia a falsificação de anilhas, os selos de identificação dos animais, e promoviam a venda para o exterior.” – texto da matéria “PF desarticula quadrilha especializada em tráfico de aves em TO, GO e SP”, publicada em 14 de janeiro de 2016 pelo portal G1
Em Goiás, onde cinco suspeitos eram procurados, três foram localizados e presos. No Estado estariam os responsáveis por comprar e receber os animais capturados em seus habitat (BA, PA e TO) para distribuí-los para outras regiões.
“A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (14), três pessoas suspeitas de traficar aves silvestres, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Com os detidos, foram encontradas cerca de 100 aves, que foram resgatadas e encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). A prisão faz parte da Operação Voo Livre, deflagrada, também, em Tocantins e em São Paulo, que procura desarticular uma quadrilha de tráfico de animais.
Segundo o delegado da PF responsável pela operação, Cleyber Malta Lopes, todos os presos já tinham passagem pela polícia pela mesma prática. “Observamos a reincidência dos envolvidos nesse tipo de crime ambiental que, por ter pena branda, acaba por permitir que eles continuem praticando”, afirmou.” – texto da matéria “PF prende 3 por tráfico de aves silvestres em Aparecida de Goiânia”, publicada em 14 de janeiro de 2016 pelo portal G1
A ação da Polícia Federal ganha desataque pela dimensão e por atingir traficantes de animais mais bem organizados e capitalizados que os rotineiramente presos pelo país. O centro-nervoso da quadrilha está em Goiás e chama a atenção o fato de os três presos serem reincidentes nesse crime.
Mais uma vez a legislação fraca mostra-se uma incentivadora à prática do tráfico de fauna.
Chama também a atenção os indiciamentos por falsificação de selo público federal, que no caso, são as anilhas (anéis colocados nas pernas das aves para identificar sua origem). Isto mostra que o bando não atua simplesmente na captura, distribuição e venda dos animais, mas o faz tentando “esquentar” as aves – fazê-las parecer de origem legal, com autorização do poder público.
É bem possível que, se a PF investigar um pouco mais, dentre os compradores haja criadores legalizados.
Ponto para a Polícia Federal. Tomara que os chefes da quadrilha tenham sido presos e não apenas os intermediários.
– Leia a matéria completa “PF desarticula quadrilha especializada em tráfico de aves em TO, GO e SP”, publicada em 14 de janeiro de 2016 pelo portal G1
– Leia a matéria completa ““PF prende 3 por tráfico de aves silvestres em Aparecida de Goiânia”, publicada em 14 de janeiro de 2016 pelo portal G1
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