
Um homem é detido transportando 217 aves na rodovia SP 310, em Araraquara (SP). O caso vai parar na delegacia e, como de rotina, o infrator foi solto. Os animais, que deveriam ser levados para algum centro de triagem (Cetas) ou instituição com profissionais habilitados a examiná-los e, se preciso assisti-los, passaram a noite na base da Polícia Militar Rodoviária.
O motivo: falta de efetivo da PM Ambiental. Foi o que apurou o Portal Morada.
“Um comerciante de 41 anos, morador da cidade de Sorocaba, foi abordado na madrugada desta quarta-feira (26) transportando pássaros silvestres na SP 310 em Araraquara. Segundo informações, a Polícia Rodoviária fazia patrulhamento de rotina quando abordou um carro suspeito.
Dentro do carro, o condutor levava 217 pássaros silvestres, entre papagaios, papa-capim e canários.
O homem foi encaminhado ao plantão policial, foi liberado pelo delegado e responderá pelo crime em liberdade. Ele pagará uma multa por cada ave silvestre transportada.
Devido à falta de efetivo na Polícia Ambiental, as aves ficaram na base da Polícia Rodoviária durante a madrugada e foram recolhidas no início da manhã.” – texto da matéria “Comerciante é abordado com 217 pássaros silvestres na SP 310”, publicada em 26 de setembro de 2018 pelo Portal Morada
O ocorrido não é privilégio da PM Ambiental paulista. É assim no país todo.
Quando o problema não é a falta de efetivo ou de condições para prestar um socorro completo a bichos apreendidos, o empecilho está nos centros de triagens de animais silvestres (Cetas) – que são poucos, boa parte está desestruturada e a maioria não funciona de noite e em finais de semana.
Por conta desses obstáculos, n]ao é incomum que muitos animais morram antes de receberem atendimento especializado. Policial não é veterinário ou biólogo, mas tem de fazer o máximo para salvar TODAS as vidas sob sua responsabilidade. Por que a Polícia Militar Rodoviária paulista não fez o transporte?
Fauna silvestres não é prioridade para 100% dos gestores públicos.