Polícia não ambiental apreende aves em Sergipe. Parabéns, não ignoraram o crime

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
17 de abril de 2014

“Uma operação da Polícia Militar de Sergipe, através da 3ª Companhia do 7º Batalhão de Polícia Militar, apreendeu no fim de semana 38 pássaros silvestres em uma feira livre de Simão Dias, município localizado a 100 Km de Aracaju.

A Operação foi desencadeada a partir da estatística feita pelo Comando do Policiamento Militar do Interior (CPMI), que mostrou a incidência de crimes na feira de Simão Dias. Segundo o levantamento, pequenos furtos e outros delitos recorrentemente estavam sendo realizados na região.

Durante a ação, foram apreendidos 38 pássaros e gaiolas no mercado municipal. Entre as espécies apreendidas, estavam azulões e curiós.” – texto da matéria “Pássaros silvestres são apreendidos em Simão Dias, SE”, publicada em 15 de abril de 2014 pelo portal G1

A notícia acima, aparentemente, nada de novo traz para o leitor. Uma ação policial em feira do Nordeste, culminando na apreensão de aves silvestres e ninguém detido. Mas um detalhe a qualifica como um trabalho policial extremamente incomum e, por isso mesmo, importante: o trabalho não foi desenvolvido pela PM Ambiental ou qualquer corporação especializada.

O inusitado da ação está no fato de que as apreensões foram realizadas por policiais do patrulhamento de rua, cujo o foco é o policiamento preventivo e ostensivo visando o combate, primordialmente, a furtos, roubos, tráfico de drogas e crimes contra a vida (humana). E esses PMs da 3ª Companhia do 7º Batalhão forma até a feira para coibir esses delitos.

Mas, ao se depararem com o tráfico de aves, eles se mostraram grandes policiais e não fecharam os olhos ao que acontecia. Mesmo com os crimes contra a fauna sendo considerados pela legislação como de “menor potencial ofensivo”, esses PMs cumpriram sua obrigação.

Como seria bom se todos os policiais trabalhassem assim. O exemplo está dado.

– Leia a matéria completa do portal G1

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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