Análise de Dimas Marques
Editor-chefe
dimasmarques@faunanews.com.br
“Três dragões-barbudos, nove geckos e cinco cobras-do-milho, além de vários camundongos, grilos e baratas usados para alimentação dos répteis. Esses animais, que botam medo em muita gente, foram apreendidos durante uma ação da Polícia Civil nesta semana em Belo Horizonte.
Nesta quinta-feira (12), mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Região Leste da capital, para combater o comércio ilegal de animais silvestres e exóticos.
A Delegacia Especializada em Investigação de Crime Contra a Fauna apura a remessa de animais de Minas Gerais, em condições degradantes, para outros estados, como Espírito Santo, Rio de Janeiro e Paraná.
De acordo com a polícia, os animais foram localizados em uma das casas alvo da ação. As investigações prosseguem para a identificação de outros envolvidos no caso.” – texto da matéria “Cobras, lagartos, camundongos, grilos, besouros e até baratas são encontrados em casa alvo de ação da polícia em BH”, publicada em 14 de agosto de 2021 pelo portal G1
O comércio ilegal de animais silvestres de espécies exóticas, ou seja, que não são nativas do Brasil, tem se intensificado. Um indicativo é o aumento de notícias de apreensões veiculadas a partir da divulgação de ações de órgãos de fiscalização e repressão.
Boa parte desses animais não são mais importados. Já são reproduzidos sem qualquer controle no Brasil. O comércio pela internet é intenso. Em junho, o Fauna News noticiou uma ação da PM Ambiental paulista em Santo Antônio do Pinhal em que ocorreu a apreensão desses mesmos tipos de répteis de espécies não brasileiras.
Geralmente, jovens são os compradores.
No caso noticiado de Belo Horizonte, chama a atenção a participação da Polícia Civil. Crimes contra a fauna são, na grande maioria das vezes, combatido pela Polícia Militar Ambiental, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Ibama e ICMBio.
A Polícia Civil é uma corporação especializada em investigações e deveria atuar intensamente para desarticular quadrilhas. Mas não é o que se vê. Que ações como a realizada em Minas Gerais se tornem comuns.