Por Dimas Marques
Editor-chefe
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Denúncias de animais vítimas de traficantes de fauna não param de chegar para a PM Ambiental paulista. Apesar de o comércio ilegal ser intenso, com muito bandido profissional vendendo animais capturados na natureza para muita “gente de bem”, uma parcela da população se mobiliza e solicita a ação fiscalizatória e repressiva do poder público.
De tempos em tempos, a PM Ambiental organiza operações para verificar uma grande quantidade de denúncias em curto período. Foi o que aconteceu quarta-feira (12) e ontem (13) na cidade de São Paulo.
Batizada de operação Amazona aestiva, nome científico do papagaio mais traficado do Brasil, o papagaio-verdadeiro, a ação foi organizada com foco exclusivo no atendimento a denúncias recebidas sobre comércio ilegal de fauna e criação doméstica de animal silvestre sem autorização.
Nesses dois dias, os policiais apreenderam 76 animais, incluindo uma arara híbrida. A ave nasceu do cruzamento de uma arara-canindé (Ara ararauna) com uma arara-macau (Ara macao). O responsável pelo animal tinha uma nota fiscal de compra falsificada.
Os animais, alguns com sinais de maus-tratos, foram encaminhados para centros de triagem e de reabilitação do Parque Ecológico do Tietê, da prefeitura de São Paulo (no Parque Anhanguera) e da prefeitura de Barueri.