
Ousadia e cara de pau sem limites…
“Um homem de 27 anos foi preso na zona urbana do município de Uauá, no Nordeste do estado, durante uma operação de fiscalização a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Juazeiro. O rapaz, que não teve o nome divulgado, furtou uma gaiola com um pássaro silvestre apreendido que estava no compartimento de carga da viatura da PRF.
Segundo a PRF, enquanto o voluntário da equipe de Fauna apreendia outros animais silvestres em uma residência, o suspeito pegou uma gaiola com um pássaro, da espécie caboclinho, e fugiu em alta velocidade em uma motocicleta.
Houve perseguição. A equipe da PRF alcançou o suspeito e capturou o animal. O homem foi encaminhado para a delegacia, onde irá responder por furto e por crime ambiental, pois possuía cinco animais silvestres na sua residência. O homem ainda foi multado pelo Ibama por não possuir autorização para criação dos animais e terá de pagar R$ 7 mil.” – texto da matéria “Homem furta gaiola com pássaro em viatura da PRF e é preso em flagrante”, publicada em 8 de maio de 2016 pelo site do jornal baiano Correio
Parece que o cativeiro insiste em perseguir o destino do caboclinho. A ave já vive em gaiola sabe-se lá quanto tempo, desde que teve sua liberdade roubada ao ser retirado da natureza. Apreendido pela Polícia Rodoviária Federal, quem sabe ele teria a oportunidade de ser escolhido para estar em algum trabalho de reabilitação e soltura e, finalmente, voltar a ser um caboclinho por inteiro, saudável e cumprindo suas funções ecológicas.
Mas aquele sujeito de 27 anos tentou colocar novamente a vida em cativeiro no destino da pequena ave. Ousado, ele furtou o caboclinho da viatura dos policiais, que, inconformados com a cara de pau, perseguiram o ladrão e recuperaram o animal.
Será que o caboclinho terá alguma chance de ser livre?
Para o ladrão, o destino reservou na cadeia um pouco do sentimento e das sensações que o caboclinho e os outros cinco animais apreendidos na casa desse sujeito vivem diariamente em gaiolas. Pena que a possibilidade de retornar à liberdade é maior para o bandido que para o caboclinho.
Injusto, né?