
Toda e qualquer atividade humana gera algum impacto no ambiente. Estradas e rodovias, por exemplo, são responsáveis por grandes alterações na paisagem e na vida de muitas espécies de animais. Isso quer dizer que é impossível zerar a possibilidade da ocorrência de fatos como o que vitimou a onça-pintada em Tocantins?
“Uma onça pintada foi encontrada morta na madrugada desta terça-feira (21) na BR-153, km 256, próximo ao município de Brasilândia, localizado na região norte do Tocantins. Segundo informações do subcomandante da 3ª Companhia Independente da Polícia Militar de Colinas do Tocantins, capitão Valdemi Reis, o animal foi encontrado morto na estrada e teria sido atropelado por algum veículo que transitava na rodovia.
Ainda conforme o capitão, acidentes que envolvam atropelamento de animais silvestres são raros de acontecer naquele local da BR-153. "Esse ponto da BR-153 é muito movimentada. Com o barulho e movimento dos carros, dificilmente animais silvestres chegam perto. Por isso não acontecem acidentes com essa frequência por lá", afirma.” – texto da matéria “Onça é atropelada por veículo e morre na região norte do Tocantins”, publicada em 21 de outubro de 2014 pelo portal G1
A implantação de infraestrutura que ajuda a reduzir os atropelamentos de animais silvestres em rodovias, como sinalização, passagens de fauna, cercas, radares de velocidade, sonorizadores, sistemas de alerta e afugentamento e tantos outros, é baseada em estudos – sejam eles do processo de licenciamento durante a construção das vias ou de adaptação das já existentes. Se, como o policial militar afirmou, o local está em um trecho onde acidentes envolvendo fauna são raros, será que as medidas seriam ali instaladas?
Baseando-se apenas na declaração do policial, parece que a morte da onça-pintada é um daqueles casos difíceis de se prever e evitar. Talvez se a formação dos nossos motoristas fosse melhor, haveria alguma chance maior de não ocorrer o acidente com o felino. Será?
O caso serve para refletir o quanto as atividades humanas interferem na vida de outras espécies, mesmo que todas as medidas para minimizar os impactos sejam tomadas. Temos esse direito?
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