
Por Luciana Ribeiro
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Nomes populares: veado-catingueiro, veado-virá
Nome científico: Mazama gouazoupira
Estado de conservação: sem classificação na lista vermelha da IUCN e na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
Quando se fala em cervídeos, família dos cervos e veados, logo se pensa em grandes chifres ramificados. Mas o veado-catingueiro foge a essa regra e tem chifres pequenos e simples, sem galhada, de cerca de 10 cm. Esta é uma espécie de pequeno porte, com peso em torno dos 20 kg, altura entre 50 e 65 cm e por volta de um metro de comprimento. Tem o pelo marrom acinzentado, com áreas mais claras no ventre e na parte inferior da cauda.
O catingueiro é um dos cervídeos mais numerosos do Brasil. Sua capacidade de adaptação a ambientes modificados pelo homem pode explicar sua abundância. Ele vive em áreas de mata densa em margens de rios e campos abertos próximos a matas. Pode ser encontrado na região que vai do México à Argentina.
É um animal diurno e solitário, que costuma sair sozinho – ou aos pares, principalmente na época de acasalamento – para se alimentar. Herbívoro convicto, come gramíneas, folhas, brotos, frutas e flores.
Capaz de se reproduzir em qualquer época do ano, a fêmea gera um filhote por gestação, que dura cerca de sete meses. Os filhotes nascem com pintas brancas que formam linhas longitudinais no corpo, mamam até o quarto mês de vida e vivem com a mãe até os oito meses ou o nascimento da próxima cria.
Seus principais predadores são as onças e o homem. Mas também é vítima de cachorros-do-mato, felinos menores e cachorros domésticos. Juntando-se a isso a perda de seu habitat, em algumas regiões, como no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, a espécie está ameaçada, apesar de não correr perigo e ser espécie abundante em outras áreas.