Por Luciana Ribeiro
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Nome populares: tiê-sangue, sangue-de-boi, tiê-fogo, chau-baêta e tapiranga
Nome científico: Ramphocelus bresilius
Estado de conservação: “pouco preocupante” na lista vermelha da IUCN e não consta na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
Este lindo passarinho é uma espécie endêmica do Brasil, ou seja, só é encontrado aqui. É também a ave símbolo da Mata Atlântica. O tiê-sangue mede cerca de 20 cm e pesa por volta de 30 g. O que chama a atenção nele é a plumagem do macho, de um vermelho muito vivo, com cauda e parte das asas pretas. Já a fêmea tem uma plumagem menos vistosa, parda na parte superior do corpo e marrom-avermelhada na inferior. Quando jovem, o macho se assemelha à fêmea, exceto pela coloração do bico, preto nos machos e pardo nas fêmeas.
Ele pode ser encontrado em matas baixas, restingas, plantações e bordas de floresta na região costeira do Brasil que vai da Paraíba a Santa Catarina. Eventualmente é visto em parques e praças de cidades.
Vive aos pares em pequenos grupos e se reproduz na primavera e no verão. Durante o acasalamento, o macho levanta a cabeça para exibir uma calosidade branca reluzente que possui abaixo da mandíbula (uma característica do gênero Ramphocelus) e assim atrair a fêmea.
A ninhada é composta de dois ou três ovos verde-azulados e é apenas ela que faz a incubação. Mas os filhotes são alimentados por vários indivíduos, inclusive machos, durante pouco mais de um mês. Depois disso, eles se tornam independentes e vão atingir a maturidade sexual com um ano, mas a plumagem exuberante do macho só é conquistada no segundo ano de vida.
O tiê-sangue se alimenta de frutos e insetos, com predileção pelos frutos da embaúba e da fruta-de-sabiá.