Por Luciana Ribeiro
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Nomes populares: tapiti, coelho-brasileiro, coelho-do-mato, candimba
Nome científico: Sylvilagus brasiliensis
Estado de conservação: “pouco preocupante” na lista vermelha da IUCN e sem classificação na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
O coelho-brasileiro, ou tapiti, é um coelho nativo das Américas, encontrado em grande parte do território brasileiro, exceto na região amazônica. Ele é o único representante brasileiro da família dos coelhos e lebres. Seu nome em tupi-guarani quer dizer "pelo branco na barriga". Mas no dorso sua pelagem macia é marrom. A cauda, no formato de pompom, e as orelhas são pequenas, mas os olhos e as patas traseiras são grandes.
Essas grandes patas traseiras são adaptadas ao salto e ajudam o tapiti a correr velozmente. Isso o ajuda a fugir de seus predadores como a jaguatirica e o lobo-guará. E se você encontrar um coelho-brasileiro por aí, provavelmente ele vai sair correndo também, pois é um animal bastante arisco.
De hábitos noturnos e solitários, o tapiti, como todos os coelhos, é um bom cavador de tocas. Durante o dia ele se esconde em touceiras e ramagens, onde costuma fazer seu ninho. A cada três ou quatro meses, a fêmea tem uma média de dois filhotes.
O nosso coelho vive em campos, florestas, no cerrado, nas roças e na borda de matas. Se alimenta de folhas, flores, frutos e raízes. Com o tamanho variando entre 25 cm e 40 cm e o peso em média de 1 kg, o tapiti é menor que o coelho doméstico.
Apesar de não estar classificado como uma espécie preocupante em termos de conservação, o coelho-brasileiro começa a enfrentar alguns problemas em relação à sua sobrevivência. Aqueles problemas de sempre: a perda de habitat e a caça, além da disputa por alimento e área reprodutiva com a lebre europeia.
A espécie ainda é pouco estudada, mas reza a lenda que esse coelhinho é tão esperto que até dorme de olhos abertos.