
Por Luciana Ribeiro
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Nomes populares: surucucu, surucucu-pico-de-jaca, surucutinga
Nome científico: Lachesis muta
Estado de conservação: sem classificação na lista vermelha da IUCN e na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
A surucucu é a maior cobra peçonhenta (venenosa) das Américas. Pode atingir 4,5 m e suas presas medem 3,5 cm. Ela é encontrada em toda a América do Sul e no Brasil ocorre em florestas densas, principalmente na Amazônia, mas há registros de sua presença em áreas isoladas de Mata Atlântica.
Também chamada de surucucu-pico-de-jaca, esta serpente tem o corpo marrom com uma padronagem mais escura em forma de losangos, que lhe proporciona ótima camuflagem entre a folhagem seca no chão. A cabeça é larga e o focinho, arrendondado. Apesar de não ter guizos, como a cascavel, graças a um pequeno osso em sua extremidade a cauda, produz um som quando esfregada contra a folhagem. É sinal de que a surucucu está incomodada – ela não gosta nenhum um pouco de invasores em seu território.
Com hábitos noturnos, a surucucu se alimenta de pequenos animais, como os roedores. Dona de um preciso sensor de calor – uma membrana que reveste internamente as fossetas loreais, os orifícios entre as narinas e os olhos -, esta serpente é capaz de identificar o calor dos animais que caça e seguir o rastro térmico de suas presas. Seu bote chega a atingir uma distância de aproximadamente um terço do tamanho de seu corpo. E sua peçonha tem ação neurotóxica, sendo extremamente letal.
De outubro a março ocorre o período de reprodução da surucucu. O período de incubação dos ovos é de 75 a 80 dias. A surucucu é bastante comum nas suas áreas de ocorrência. Mas uma subespécie, endêmica da Mata Atlântica, a Lachesis muta rhombeata, está ameaçada de extinção por causa da redução e da fragmentação de seu habitat.