Por Luciana Ribeiro
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Nomes populares: sagui-de-tufos-brancos, sonhim
Nome científico: Callithrix jacchus
Estado de conservação: "pouco preocupante" na lista de animais ameaçados da IUCN e sem classificação na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
O sagui-de-tufos-brancos é o mais conhecido e comum dos saguis. Ele é originário da Caatinga, mas se adapta muito bem em outras formações de vegetação e em regiões degradadas e possui uma área de vida pequena. Com isso, ele acabou se espalhando pelo país e hoje pode ser encontrado até na trilha do Morro da Urca, no Rio de Janeiro, por exemplo.
Este primata tem hábitos diurnos e vive nos altos das árvores, saltando pra lá e pra cá, e raramente desce ao chão. Sua dieta é bem variada, incluindo sementes, flores, frutos, insetos, aranhas, ovos, filhotes de aves e de mamíferos, pequenos lagartos e anfíbios e até a seiva de algumas árvores.
A pelagem branca e estriada nas orelhas lhe dá o nome. O corpo é acinzentado com reflexos castanhos e pretos. É um bichinho pequeno, que pesa entre 350 g e 450 g. A cauda é maior do que o corpo e ajuda o sagui no seu equilíbrio, mas não é preênsil, ou seja, ele não fica pendurado por ela.
Estes bichinhos vivem em grupos matriarcais de seis animais em média. Quem lidera é a fêmea mais velha. O período de gestação desta espécie vai de 140 a 160 dias e nascem dois filhotes. Eles mamam até os dois meses, mas com duas semanas já começam a comer algumas frutas maduras. Para ir de um lado pro outro os filhotes se agarram aos pelos do pai, que os transporta em segurança.
No sertão do Nordeste (mas não só lá) é bastante comum encontrar o sagui-de-tufos-brancos preso como animal de estimação. Por isso, entre as espécies de saguis brasileiras, esta é a mais traficada.