
Por Luciana Ribeiro
lucianaribeiro@faunanews.com.br
Nomes populares: ratão-do-banhado, caxingui, nútria
Nome científico: Myocastor coypus
Estado de conservação: “pouco preocupante” na lista vermelha da IUCN e não consta na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
É um rato gigante ou uma capivara pequena? Nem um, nem outro. É o ratão-do-banhado, um roedor que leva esse nome por ser um ótimo nadador e viver sempre próximo da água, em região de rios, brejos, lagos e represas. Com o auxílio de uma membrana entre os dedos das patas traseiras, ele nada muito bem, como um castor, mas não é bom mergulhador.
O ratão-do-banhado tem a cauda longa e grossa e uma pelagem marrom-avermelhada muito bem cuidada, graças a uma característica que faz muita gente morrer de inveja: uma glândula especial que libera no canto da boca uma substância gordurosa que é um tratamento de beleza e tanto para sua pelagem. Ele pega essa substância com a pata e pentea os pêlos, tornando-os naturalmente lustrosos.
Ele faz tocas nas margens de rios, lagoas e banhados, que usa tanto como morada como ninho. Cerca de 130 dias depois do acasalamento, a fêmea dá a luz a uma ninhada de até 13 filhotes. E é o macho que cuida dos pequenos até a fêmea se recuperar do parto.
Este roedor onívoro se alimenta principalmente de capim, raízes e plantas aquáticas, mas inclui também folhas, grãos e peixes em sua dieta. Mede entre 40 cm e 60 cm, sem contar a cauda, e chega a pesar 9 kg.
Originalmente, o ratão-do-banhado era encontrado apenas no sul da América do Sul – Chile, Argentina e Estados do Sul do Brasil -, mas atualmente é encontrado também em outras regiões do Brasil, como São Paulo, onde provavelmente foi introduzido pelo homem.
Os predadores naturais do ratão-do-banhado são onças e jacarés, mas a espécie atrai caçadores por causa da carne e da bonita pelagem. Como caminha devagar, infelizmente é presa fácil e as populações naturais que vivem próximas a áreas habitadas estão em declínio.