
Por Luciana Ribeiro
lucianaribeiro@faunanews.com.br
Nomes populares: papagaio-charão, papagaio-da-serra
Nome científico: Amazona pretrei
Estado de conservação: “vulnerável” na lista vermelha da IUCN e “vulnerável” na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
Apesar de seu nome científico fazer referência à Amazônia, como acontece com boa parte dos papagaios tropicais, o papagaio-charão é endêmico do sul do país, com ocorrência em Santa Catarina e, principalmente, no Rio Grande do Sul.
Um dos menores papagaios brasileiros, o charão tem cerca de 35 cm de comprimento e peso por volta de 300 g. Sua plumagem é verde e os adultos apresentam uma máscara vermelha. O vermelho colore também o encontro das asas e as polainas das patas.
A vida do papagaio-charão está intrinsecamente ligada às florestas de pinheiro-do-paraná (Araucária angustifolia), pois as sementes dessa árvore são a base da sua alimentação. Fora do período de produção das sementes de araucária, o charão se alimenta de frutos, sementes, folhas e flores de plantas nativas e algumas exóticas, como guabiroba (Campomanesia xanthocarpa), cereja (Eugenia involucrata), camboatá-vermelho (Cupania vernalis) e canela (Ocotea puberula).
Além da alimentação, as árvores apresentam um outro papel fundamental na vida do charão. É em cavidades de árvores que ele faz os seus ninhos. Uma vez por ano, a fêmea põe de dois a quatro ovos, que são incubados por um período de 22 a 24 dias. Os filhotes ficam um longo período no ninho após a eclosão.
E esta é uma espécie ameaçada de extinção. A principal ameaça ao papagaio-charão é a captura de filhotes para comercialização como animal de estimação. Além disso, o corte de araucárias e de árvores usadas para a nidificação também representam um sério perigo para a perpetuação da espécie.