
Por Luciana Ribeiro
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Nomes populares: macaco-aranha, coatá, quatá
Nome científico: Ateles sp.
Estado de conservação: na lista vermelha da IUCN: “em perigo” as espécies Ateles belzebuth, Ateles chamek e Ateles marginatus e “vulnerável” a Ateles paniscus. Na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção, a Ateles belzebuth e a Ateles chamek estão como “vulnerável” e a Ateles marginatus consta como “em perigo”.
O gênero Ateles reúne várias espécies de primatas conhecidos como macaco-aranha. Eles são barrigudinhos, com braços, pernas e cauda muito compridos, parecendo mesmo uma aranha. Vivem na floresta amazônica e na América Central. Todas as espécies se encontram em algum grau de extinção. No Brasil vivem quatro espécies, todas em estado de conservação variando entre "vulnerável" e "em perigo". O Ateles marginatus, que está em perigo, é endêmico (exclusivo) ao Brasil e é a espécie menos estudada.
E não dá para colocar a responsabilidade desse estado das espécies sobre seus predadores naturais, como a onça-pintada. A culpa é mesmo do homem, que caça esses macacos indiscriminadamente tanto para consumo da carne quando para tráfico de filhotes, além de desmatar seu habitat natural. Os macacos-aranha vivem nas florestas da região Amazônica e vêm sofrendo com a expansão urbana, assentamentos rurais, construção de hidrelétricas, entre outras ações humanas com forte impacto sobre os silvestres.
Junte-se a isso a baixa taxa de crescimento da população do gênero e chega-se a essa situação de risco de conservação que o macaco-aranha enfrenta. As fêmeas dão a luz a apenas um filhote por gestação, que dura cerca de sete meses.
Este primata neotropical tem os braços mais longos que as pernas e é extremamente ágil, usando sua longa cauda preensil como um quinto membro para se movimentar entre os galhos das árvores. Ele é frugívoro, mas sua dieta também inclui, em menor quantidade, folhas, flores, brotos, sementes e casca de árvores.
O macaco-aranha vive em grupos no alto das árvores e raramente é visto no solo. E é no alto das árvores também que ele dorme, em duplas ou trios, presos uns aos outros pela cauda. Os machos são maiores que as fêmeas, chegando a atingir 65 cm de altura, mais 90 cm de cauda, e a pesar oito quilos.