
Por Luciana Ribeiro
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Nomes populares: irerê, paturi, marrecão, siriri, marreca-viúva, chega-e-vira, marreca-piadeira
Nome científico: Dendrocygna viduata
Estado de conservação: “pouco preocupante” na lista vermelha da IUCN e não consta da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
A vocalização até parece a de um patinho de borracha, mas o irerê é um pato de verdade, encontrado não só em praticamente todo o Brasil, como na área que vai da Argentina até a América Central e, veja só, na África Ocidental também.
A máscara branca no rosto, em contraste com o pescoço negro e o bico também escuro, junto com uma bela plumagem castanha no peito e mesclada de branco e preto no resto do corpo conferem grande beleza a esta ave da família dos gansos.
A espécie é uma das mais conhecidas do Brasil. O irerê se aproxima das áreas urbanas e durante as migrações sazonais para o sul pode ser visto em bandos de dezenas de indivíduos até nas águas poluídas de rios em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
Nessas migrações, o irerê pode se deslocar por centenas de quilômetros. Sua atividade é mais intensa no crepúsculo e à noite. Durante o dia, o bando costuma descansar na beira das águas onde procura seu alimento. A dieta do irerê é semelhante a de outros marrecos: plantas subaquáticas, gramíneas que crescem nas margens dos lagos, alguns invertebrados aquáticos, pequenos peixes e girinos.
O irerê constrói seus ninhos no chão e neles a fêmea põe de 8 a 14 ovos. O macho participa junto com a fêmea de todo o processo, desde a incubação até o cuidado com os filhotes já nascidos.