
Por Luciana Ribeiro
lucianaribeiro@faunanews.com.br
Nome popular: capivara
Nome científico: Hydrochoerus hydrochaeris
Estado de conservação: “pouco preocupante” na lista vermelha da IUCN e sem classificação na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
O Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, tem um dos mais importantes sítios arqueológicos do Brasil. É lá, numa parede de pedra, que estão as pinturas rupestres de milhares de anos que representam o animal que dá nome à serra. Ou seja, provavelmente, a capivara é o animal brasileiro que tem o registro imagético mais antigo da nossa história.
A capivara é encontrada em todo o Brasil e em boa parte da América do Sul, vivendo principalmente em mata ciliar, ou seja, regiões às margens de rios e lagoas. É um roedor – o maior deles, tem em média, 1m20 de comprimento, 60 cm de altura e 50 kg – com membranas entre os dedos que o transformam em um excelente nadador. Além disso, consegue ficar até cinco minutos embaixo d'água e usa esse ambiente para regular a temperatura corporal, para copular e para se refugiar quando perseguida. Se na água ela é rápida e ágil, na terra é lenta. Por isso é tão comum encontrar capivaras perto de cursos d'água.
Seus dentes incisivos são grandes e fortes e não param de crescer. Por isso a capivara está constantemente roendo pedras e troncos de árvores. Mas para se alimentar, esse animal herbívoro gosta de plantas rasteiras, brotos de árvores e algas. A capivara vive em manadas e tem hábitos noturnos. Normalmente fica na preguiça pela manhã, nada à tarde e sai para comer à noite. As fêmeas têm uma gestação de cerca de quatro meses e costumam gerar ninhadas de quatro a seis filhotes. A expectativa de vida de uma capivara é de 15 anos.
A capivara é caçada por onças, jacarés, cobras, piranhas e pelo homem. Este último comete um crime ao matar esse animal silvestre em busca da sua carne, do couro e do óleo resultante de sua gordura, que é usado medicinalmente. Até os pelos da capivara são cobiçados para a fabricação de pincéis. E o seu esterco é usado na preparação de adubo orgânico. Com tudo isso, a capivara tem sido criada em cativeiro, para a exploração comercial dos produtos que ela origina. Mas isso, só com autorização do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.