
Por Luciana Ribeiro
lucianaribeiro@faunanews.com.br
Nomes populares: beija-flor-rajado, beija–flor-grande–do-mato
Nome científico: Ramphodon naevius
Estado de conservação: “quase ameaçado” na lista vermelha da IUCN e não consta da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção
Veja só. Ele pesa entre 5 e 10 g, mede de 14 a 16 cm e ainda assim é considerado grande, um dos maiores do mundo. Isso porque ele é um beija-flor, o maior da Mata Atlântica. E tem mais. Ele é também o mais importante beija-flor quando se pensa em polinização de bromélias na Mata Atlântica de baixada. Este é o beija-flor-rajado, ave endêmica da Mata Atlântica.
E se ele ocorre só na Mata Atlântica, já dá para adivinhar que vem sofrendo com a perda de habitat. Por isso já é considerado quase ameaçado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN na sigla em inglês).
A sua plumagem é parda, com o peito rajado e a garganta num laranja vivo. A cauda é larga e curta. Na época de acasalamento, o macho canta e se exibe todo com coreografias para atrair a fêmea, que põe, normalmente, dois ovos e se incumbe da alimentação dos filhotes.
A base de sua alimentação é o néctar de bromélias. E, diferente da maioria dos beija-flores, que tem um comportamento territorialista, o rajado voa por um longo percurso para passar pelas cerca de 200 flores que visita por dia. Para extrair o néctar, usa o bico e a língua como uma eficiente bomba de sucção enquanto voa parado no lugar (voo de libração). Pequenos insetos, como mosquitos e borrachudos, e aranhas completam a dieta do beija-flor-rajado como fonte de proteínas.