
Por Dimas Marques
Jornalista, pesquisador do Diversitas-USP e editor responsável do Fauna News
dimasmarques@faunanews.com.br
“O Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangará), da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), na Zona Norte do Recife, recebeu, entre janeiro e maio deste ano, 5.131 bichos. Isso significa que mais de mil aves, mamíferos, répteis e aracnídeos, além das espécies exóticas, chegaram ao espaço, a cada mês. Desse total, 3.369 foram resgatados de traficantes ou de comerciantes ilegais, o equivalente a 69% de todos os registros de entrada na unidade. São mais de 673 atendimentos desse tipo, em média, a cada 30 dias.
Os outros animais enviados ao centro são alvo de entregas voluntárias. O número de entrada de animais no Cetas, nos cinco primeiros meses de 2017, é expressivo, quando se comparado com os dados de 2016. No ano passado inteiro, chegaram ao espaço 5.467 animais silvestres.
(…) De acordo com a CPRH, a área de maior tráfico é a Região Metropolitana do Recife. Os casos ocorrem principalmente nas feiras livres.” – texto da matéria “Centro de triagem do Recife recebe média mensal de mais de 673 animais resgatados do tráfico”, publicada em 21 de junho de 2016 pelo portal G1
A relação é clara: o Cetas está lotado por conta, principalmente, da quantidade de animais apreendidos com traficantes de fauna e em cativeiro doméstico ilegal. É assim em todo o Brasil. Outro problema que não é mencionado na matéria e que deve ser levado em conta (por acometer quase todos os Cetas e Cras – Centros de Reabilitação de Animais Silvestres – no país), é a falta de projetos e áreas de solturas para liberar vagas nos centros para a chegada de mais animais.
É óbvio que enquanto houver tráfico de animais, o poder público continuará gastando com repressão, Cetas, Cras, solturas, processos no judiciário, etc. Então, por que não se investe em educação ambiental para efetivamente combater o comércio ilegal de fauna a partir do hábito de r silvestres como bichos de estimação? Enquanto não houver uma mudança cultural, haverá o tráfico.
É tão óbvio que não dá para entender o motivo para não fazer.
– Leia a matéria completa do portal G1
– Saiba mais sobre o tráfico de animais