O fim do cativeiro de aves de rapina em Alagoas

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
19 de abril de 2013
Dos mais de 38 milhões de animais silvestres retirados da natureza todos os anos no Brasil pelo tráfico de fauna, mais de 80% são aves. Dessa parcela, a maioria é de passeriformes (passarinhos) e psitaciformes (como papagaios e araras). Mas uma parte, ainda que pequena, envolve as aves de rapina, como águias, gaviões, falcões e corujas.

Além dos maus tratos ocorridos durante o processo de captura, transporte, cativeiro provisório e venda, essas aves também sofrem com os cuidados inadequados das pessoas que as adquirem (recintos, alimentação, hidratação etc.). E quando esses animais são apreendidos, muitas vezes acabam não recebendo os cuidados adequados para um possível retorno à natureza – afinal os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama vivem com problemas financeiros, de espaço e de falta de mão de obra.

Mas, em Alagoas, uma parceria do Cetas local com falcoeiros tem apresentado bons resultados.

“Muitos desses bichos chegam tão enfraquecidos que sequer conseguem retornar ao habitat natural. Mas o trabalho voluntário tem ajudado na recuperação de aves de rapina, como gaviões, falcões e corujas, que necessitam de maiores cuidados para que possam retornar a natureza. Em um ano de trabalho, 12 animais foram devolvidos à natureza.

Ave de raqpina no Cetas de Alagoas
Imagem: Reprodução TV Alagoas


A maioria das aves que chega foi vítima de maus-tratos. Os animais sofrem não só com o comércio ilegal, mas também com a falta de cuidados dos próprios donos. Estressadas com o cativeiro, muitas aves se auto mutilam. O mau estado de saúde impede a vida na natureza, já que o animal perde a capacidade de caça e até mesmo de voar.”
– texto da matéria “Voluntários ajudam Ibama na recuperação de aves em Alagoas”, publicada em 17 de abril de 2013 pelo portal G1

O Ibama, como instituição, pode não dar a infraestrutura necessária para seus servidores trabalharem dignamente. Mas esses mesmos servidores, quando realmente engajados, descobrem alternativas para conseguir bons resultados.

“O responsável pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama, Marius Belluci, comenta a importância do trabalho. “Quando a gente encontra uma parceria com uma instituição que pode nos dar apoio para um grupo específico de animais, isso é bastante válido, porque além de desonerar nossa estrutura para que haja um atendimento a outros animais, a gente sabe que está dando o melhor atendimento possível a esse determinado grupo”, esclarece.” – texto do portal G1

Exemplo.

– Leia a matéria completa (com vídeo) do portal G1

Soltura de coruja recuperada
Imagem: Reprodução TV Gazeta

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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