O encontro com animais silvestres e a falta de estrutura do poder público

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
28 de julho de 2011
O aparecimento de um tamanduá-bandeira, um bicho-preguiça e uma arara-canindé nas áreas urbanas de Botucatu e Mogi das Cruzes (municípios paulistas) foram alvo de matéria veiculada em 28 de julho de 2011 pelo Bom Dia São Paulo da Rede Globo.

Em Botucatu, o tamanduá foi atacado e ferido por cachorros. Já a arara é dócil, não estrenha a presença humana e estava anilhada – o animal pode ter fugido de seu criador. “Uma equipe da Guarda Municipal de Botucatu resgatou os bichos, que foram levados para o Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Silvestres da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).” – texto da matéria “Tamanduá-bandeira e bicho-preguiça aparecem em casas em SP” publicada pelo portal G1 da Globo

Em Mogi das Cruzes, onde um bicho-preguiça apareceu no quintal de uma casa na quarta-feira, “os moradores foram orientados a soltar o bicho no mato novamente porque a Polícia Ambiental atendia outra ocorrência na região, e não poderia mandar uma equipe para o local.” – texto da matéria do G1 e do Bom Dia São Paulo

Duas considerações:
– o avanço da ocupação humana nos hábitats da fauna silvestre fará com que casos como os acima noticiados sejam cada vez mais comuns;

– exatamente por causa dessas ocorrências se tornarem freqüentes, o poder público tem obrigação de ter infraestrutura adequada para atendimento e orientação à população. Mandar pessoas leigas manejar o bicho-preguiça (que poderia estar doente e necessitando de cuidados, além do risco de causar ferimentos nas pessoas e transmitir alguma zoonose), soltá-lo na mata (será que o local de soltura a ser escolhido será o adequado?) foi o correto?

Com certeza não.

E olha que não estou entrando na questão do quanto a ocupação humana está destruindo os hábitats dos animais silvestres – principal causa da extinção de espécies.

– Leia a matéria do portal G1“Tamanduá-bandeira e bicho-preguiça aparecem em casas em SP”.

Assista à matéria do Bom Dia São Paulo da TV Globo:

Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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