Não bastasse a onça-parda, cervo de 250 quilos também é vítima de atropelamento

Dimas Marques
  • Dimas Marques

    Editor-chefe

    Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde pesquisou a cobertura do tráfico de animais silvestres por jornais de grande circulação brasileiros. Atua na imprensa desde 1991 e escreve sobre fauna silvestre desde 2001.

    Fauna News
08 de fevereiro de 2011
Hoje não deu para sair do Mato Grosso do Sul.  Enquanto pesquisava para escrever sobre a onça-parda que, após ter sido morta atropelada também no Mato Grosso do Sul, teve três patas arrancadas para, provavelmente, serem utilizadas como suvenires (ver texto anterior), me deparei com esta foto:

Cervo atropelado em rodovia do MS
Foto: Divulgação Polícia Militar Ambiental MS

A notícia sobre o atropelamento estava nos sites Campo Grande News e do jornal Correio do Estado. Por não conseguir deixar passar, capturei o material e resolvi escrever.

Não pesquisei muito para obter dados sobre o número de animais selvagens que são atropelados nas rodovias brasileiras, mas me lembrei de ter lido no site da Agência de Notícias de  Direito Animal (ANDA) um texto do dia 17 de janeiro deste ano que aborda o problema exatamente no Mato Grosso do Sul. Em 2010, segundo a Polícia Rodoviária Federal, 203 mortes foram registradas nas estradas federais daquele Estado.

Não fui além para tentar encontrar números nacionais. Se alguém os tiver, me envie que publico.

Também não é preciso pesquisar muito para ter certeza que as rodovias nacionais não têm sinalização suficiente para alertar motoristas sobre a presença de animais silvestres (basta dirigir pelas estradas brasileiras para constatar isso) e também não possuem estruturas para a travessia de animais, como passagens subterrâneas. São raras as vias com tal planejamento.

Apesar dos problemas com a sinalização e a infraestrutura para evitar os atropelamentos de animais selvagens, não se deve atenuar a responsabilidade dos motoristas. É fato que os brasileiros não respeitam os limites de velocidade e as leis de trânsito, tanto que o Brasil é um dos países com maior número de acidentes - seja nas vias urbanas ou nas estradas – do mundo.
Fauna News

Sobre o autor / Dimas Marques

Formado em Jornalismo e Letras, ambos os cursos pela Universidade de São Paulo. Concluiu o curso de pós-graduação lato sensu “Meio Ambiente e Sociedade” na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo com uma monografia sobre o tráfico de fauna no Brasil. É mestre em Ciências pelo Diversitas – Núcleo de Estudos das […]

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