
A falta de legislação e hábitos antigos que estão arraigados na população e no poder público criam esse tipo de situação:
“O caso ocorreu na China e ganhou as páginas dos principais jornais do país.
A polícia florestal apreendeu 47 macacos vivos trancafiados em sacos de gaze. Eles estavam em malas, dentro de carros.
Dois homens foram presos na província de Guangxi Zhuang, no sul da China. Os investigadores afirmaram que os animais seriam usados na medicina tradicional chinesa que utiliza plantas e partes de animais para curar diversas doenças, além de abastecer também o mercado de carnes de animais selvagens.
Dos 47 animais resgatados, um foi encontrado morto, provavelmente por asfixia. A espécie pode ser encontrada em países como China, Laos, Vietnã, Tailândia e Indonésia. No Camboja, é usada há séculos na medicina, apesar dos movimentos internacionais pedirem o fim da prática. (…)
As ONG’s internacionais afirmam que no Sudeste Asiático ocorre os mais bárbaros crimes contra os animais para abastecer o comércio de carne, animais exóticos, peles e ornamentos cruéis, como a prática de embalar filhotes de tartaruga em chaveiros, até que morram por falta de alimentação e oxigênio.
Não existem leis específicas na China para a proteção dos animais, o que estimula a ação de organizações criminosas. O Fundo Mundial para a Natureza descreve as fronteiras da China como um dos pontos mais fracos na luta global contra o tráfico de animais silvestres.” – texto da matéria “Polícia apreende 47 macacos selvagens que seriam usados para consumo de carne e medicina alternativa”, publicada em 5 de janeiro de 2015 pelo site Jornal Ciência a partir de publicação do periódico Daily Mail
O que aconteceu com esses macacos ocorre também no Brasil. As vítimas mais comuns são os tatus e, na Amazônia, as tartarugas.
Sobre os tatus, sua caça e comércio para o consumo da carne são amplamente difundidos por todo o país. Há que os confinem por dias e meses em pequenos tambores para depois abatê-los.
Com as tartarugas, a crueldade também não é menor. Nos rios da Amazônia, elas são capturadas e empilhadas vivas às dezenas e centenas com as patadas para cima até serem transportadas para onde serão mortas. A carne é distribuída em restaurantes e bares inclusive de cidades grandes da região.
Se a situação dos macacos da China o incomodou bastante, isso acontece pelo fato desses animais serem bastante similares aos humanos e também porque estão na categoria dos bichos “bonitinhos”, que cativam nossa simpatia e afeição.
Um a pena que, muitas vezes, nossa indignação seja conduzida pelas aparências.
– Leia a matéria completa do Jornal Ciência
– Leia a matéria original do Daily Mail (em inglês)