Análise de Dimas Marques
Editor-chefe
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“Uma onça-pintada foi encontrada morta às margens da BR-163 no município de Vera, no norte de Mato Grosso. Segundo a Rota do Oeste, concessionária que administra a rodovia, o corpo da onça foi encontrado no final da tarde desta terça-feira (25).
Não se sabe se o animal foi atropelado ou sofreu outro tipo de violência.
A equipe de inspeção e guincho da Rota do Oeste localizou a onça no km 788 da BR-163. O animal já estava sem vida e foi removido do local. Um laudo veterinário deve apontar a causa da morte.” – trecho da matéria “Onça-pintada é encontrada morta às margens de rodovia em MT”, publicada em 26 de maio de 2021 pelo portal G1
A morte de um animal por ações humanas, seja por atropelamento, caça ou em queimadas, por exemplo, é sempre algo a se lamentar e que deve motivar ações para evitar novas perdas. Quando essa morte envolve uma espécie ameaçada de extinção, como a onça-pintada (Panthera onca), uma investigação sobre as circunstâncias que levaram a tal desfecho deveria ser feita. E feita com muita competência.
Na BR-163, rodovia gerida Rota do Oeste, pelo menos outras duas onças-pintadas já morreram este ano por atropelamento – casos ocorridos em janeiro e fevereiro.
Algum fator está atraindo as onças para a rodovia? A estrada corta uma área com uma população de onças importante? O que está sendo feito para evitar tantas mortes de uma espécie icônica como essa?